Os projetos ATMOSPHERE e NECOS, que fazem parte da 4ª Chamada Coordenada Brasil-União Europeia e desenvolvem soluções de computação em nuvem, passaram por uma revisão final nos dias 12 e 13 de dezembro. O evento, realizado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), contou com avaliadores da RNP e da Comissão Europeia, representados por Lucas Bondan e Carlos Oliveira, respectivamente.
Durante a revisão, os avaliadores acompanharam o histórico de desenvolvimento dos projetos, além de demonstrações considerando casos de uso. A conclusão de ambos projetos foi positiva.
“Para mim é uma grande satisfação poder coordenar e auxiliar os pesquisadores desses projetos, uma vez que estamos colaborando tanto para o desenvolvimento de TIC nos países envolvidos, além de fortalecer os laços de cooperação entre Brasil e União Europeia”, afirmou o coordenador de P&D da RNP, Lucas Bondan, que também destacou o contato com com a pesquisa de ponta desenvolvida pelos cientistas.
Conheça os projetos
Atmosphere é um projeto que trabalha com a virtualização leve, para desenvolver aplicativos confiáveis e habilitados para nuvem. Essa confiança é construída com base nas experiências anteriores bem-sucedidas. Eles pretendem oferecer rastreamento de dados e de aplicativos para garantir transparência, tanto em projeto quanto em execução, além de uma arquitetura para armazenar e processar dados confidenciais em ambientes em nuvem, respeitando as restrições de acesso, autorização e privacidade. Para a revisão, foi apresentado um caso de uso em e-Saúde onde considera-se o atual número crescente de métodos de aprendizado de máquina que vem sendo usado para desenvolver aplicativos médicos. Um exemplo é o deep learning para tarefas de classificação, agrupamento e regressão.
O projeto Necos aborda as limitações de infraestruturas de computação em nuvem atuais para responder à demanda de novos serviços, conforme casos de uso que são refinados em diferentes cenários. O projeto será manifestado em plataformas que usem inteligência artificial para lidar com a complexidade de ambientes de infraestrutura virtualizada em larga escala e que tenham algoritmos incorporados para uma alocação ideal na infraestrutura de nuvem e rede. Na revisão foram apresentados dois casos de uso. O primeiro caso é o de Prestador de serviços de telecomunicações, que está orientado a adoção da computação em nuvem em suas grandes redes. O segundo caso está direcionado ao uso de nuvens de borda (onde os dados estão sendo gerados) para suporte de dispositivos com baixa capacidade de computação e armazenamento (Internet das coisas ou IoT).