AdaptaBrasil passa a contar com informações sobre portos brasileiros

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Seguindo os objetivos iniciais definidos na sua concepção, a plataforma AdaptaBrasil MCTI ganhou um novo Setor Estratégico, o de Portos. Agora, a solução passa a reunir informações que permitirão análises exploratórias e subsidiarão tomadas de decisão em função dos riscos climáticos atuais e projetados em cada um dos 21 portos brasileiros considerados. A nova funcionalidade foi lançada na manhã de 24/5 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), por meio da Secretaria de Pesquisa e Formação Científica (SEPEF), e é resultado de uma cooperação entre RNP e Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), representando um desdobramento do estudo “Impactos e Riscos da Mudança do Clima no Portos Públicos Costeiros Brasileiros”, liderado pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ-MInfra), em parceria com a Agência de Cooperação Alemã (GIZ). (Assista ao lançamento)

“Para a RNP, é uma honra e uma felicidade participar do AdaptaBrasil. Já é uma jornada de dois anos muito bem cumprida e que está realizando os objetivos iniciais que a SEPEF e o Inpe, junto com a RNP, vislumbraram para essa plataforma. Ela precisava ser ágil, aberta, segura e dar conta de evidências científicas em distintos domínios e estamos vendo isso se realizar. Acho que todos nós devemos primeiro olhar isso com orgulho. Gostaria de parabenizar, também, a ANTAQ e o Ministério da Infraestrutura (MInfra) por essa entrega importante com impacto nos portos e entender que esse é um instrumento que vai ajudar a muitos, não só a nós que estamos trabalhando em certos campos do desenvolvimento social, científico e econômico do país. Mas também aos gestores, aquele que estão no território e dependem muito de informações que sejam baseadas nas evidências e que sejam simples, seguras e estejam disponíveis em tempo para uma tomada de decisão bem informada. Então, tudo isso é motivo de celebração e a RNP se sente honrada de poder participar junto desse esforço e ter mais essa entrega. Esperamos que o AdaptaBrasil venha nos ajudar também em outros domínios e sistemas”, afirmou o diretor-geral da RNP, Nelson Simões, durante a cerimônia de lançamento.

Para o secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, a inclusão do setor de Portos na plataforma é mais uma demonstração do impacto positivo que a ciência pode produzir na população brasileira.

“Nessas oportunidades, é possível enxergar e reconhecer a importância da aproximação entre a ciência e as políticas públicas. Ou seja, temos um caso prático e de sucesso onde a melhor ciência possível disponível em uma área de conhecimento é aplicada para subsidiar, orientar ações no âmbito de um setor estratégico no país. As mudanças climáticas representam um desafio já presente, com tendências claras de agravamento no futuro. Os impactos que afetam diretamente a população e a qualidade ambiental vêm se intensificando, além de perdas econômicas atingindo setores ou atividades especificas e cada vez mais repercutem pela economia regional, nacional ou mesmo global. Esse é o caso do setor de portos e outras infraestruturas que possuam funções críticas no contexto do comercio doméstico e internacional. Se há uma interrupção, perda de desempenho ou aumento de custos na manutenção de uma infraestrutura crítica, por exemplo, isso afeta a disponibilidade e preço e produtos e serviços, influenciando na competitividade de setores econômicos e na acessibilidade da população a bens e serviços”, destacou o secretário.

Também participara do evento de lançamento, a subsecretária de sustentabilidade do Ministério da Infraestrutura (MInfra), Larissa Amorim, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ), Eduardo Nery e o coordenador substituto de Ciência da Terra do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Luiz Aragão.

Sobre a AdaptaBrasil MCTI
A plataforma AdaptaBrasil MCTI é resultado de uma parceria firmada entre a RNP, a SEPEF (Secretaria de Pesquisa e Formação Científica) /MCTI e o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com o objetivo de consolidar, integrar e disseminar informações que possibilitem o avanço das análises dos impactos da mudança do clima, observados e projetados no território nacional, dando subsídios às autoridades competentes pelas ações de adaptação.

A primeira versão, lançada em outubro de 2020, atendia aos Setores Estratégicos e Prioritários Água, Energia e Alimentos, com o recorte territorial limitado ao semiárido. Um ano depois, a plataforma foi ampliada para atender a todo território nacional, mantendo os mesmos setores estratégicos e prioritários (Água, Energia e Alimentos).

Em março de 2022, foi disponibilizado o Setor Estratégico Saúde, que incluiu dados para apresentar índices e indicadores que são influenciados por mudanças climáticas referentes à Malária. Outras doenças patogênicas serão incluídas gradativamente.