A tecnologia está cada vez mais presente no cotidiano das salas de aula, por conta de uma geração de alunos que já nasceu hiperconectada. Para acompanhar esse movimento e garantir a inserção das tecnologias digitais como ferramenta pedagógica, cerca de 500 escolas públicas de educação básica, de nível fundamental e médio, passarão a ter melhores condições de conectividade em seis cidades do interior do Nordeste para suas atividades de ensino.
A ação faz parte do projeto-piloto da Política de Inovação Educação Conectada (PIEC), lançada pelo Governo Federal e coordenada pelo Ministério da Educação (MEC) para apoiar a universalização do acesso à internet banda larga e promover o uso de tecnologias digitais na educação básica.
O projeto tem a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) como executora, em parceria com estados, municípios e provedores regionais. Das 473 escolas urbanas, estaduais e municipais, contempladas na fase piloto, 95% já estão com a instalação de toda a infraestrutura interna para o pleno funcionamento da rede sem fio concluída.
O acesso à internet em alta velocidade poderá ser percebido tanto pela rede interna em fibra óptica quanto pela implantação de uma solução de redes Wi-Fi. A tecnologia utilizada é a Meraki Fullstack da fabricante Cisco, que oferece segurança, gerenciamento em nuvem e disponibilidade de sinal.
Abrangência do projeto
A iniciativa está sendo implementada em seis cidades do interior do Nordeste, Caicó (RN), Juazeiro (BA) Campina Grande (PB), Mossoró (RN), Caruaru (PE) e Petrolina (PE), e a princípio atenderá até 500 escolas urbanas, da rede estadual e municipal, totalizando 266 mil alunos beneficiados.
Os números de acesso e uso da solução nas escolas demonstram como a infraestrutura implantada já está impactando a rotinas nas escolas. “Para termos uma ideia, nos últimos 30 dias foram mais de 93 TB trafegados, sendo que mais de 49 mil usuários acessaram as redes das escolas”, afirma o gestor do projeto na DEO, Andrei Amaral.
A Política de Inovação Educação Conectada (PIEC) foi instituída em 2017, e, segundo o MEC, é considerada um marco nas políticas educacionais que envolvem tecnologia. Ela está estruturada em quatro dimensões: visão, formação, recursos educacionais digitais e infraestrutura.
Além da universalização do acesso à internet, a PIEC também objetiva dar autonomia aos professores na adoção de tecnologias para a educação, estimular o protagonismo do estudante, ampliar o acesso a recursos educacionais de qualidade e incentivar a formação de professores e gestores em práticas pedagógicas que promovam o uso de tecnologia.
“A tecnologia se tornou, definitivamente, uma aliada do professor e das aprendizagens. Neste momento de retorno às aulas e do reengajamento dos estudantes, a conectividade e os recursos educacionais digitais permitirão a ampliação do tempo e de espaços educativos. Apenas para exemplificar, o estudante agora poderia rever aulas com o auxílio da tecnologia a qualquer tempo ou o professor pode utilizar ferramentas para uma visita a um museu na Europa na sua classe de história”, explicou o secretário-adjunto de Educação Básica do MEC, Helber Vieira, em entrevista ao portal Convergência Digital.
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