Quem abriu a programação do terceiro dia do Fórum RNP 2021 foi a diretora de Comunicações da Géant e membro da European Open Science Cloud (EOSC), Cathrin Stöver, keynote speaker do evento. Ela ressaltou a cooperação entre países para promover o desenvolvimento de pessoas em direção às competências do futuro.
A palestrante citou por exemplo o papel das redes acadêmicas no apoio à pesquisa em áreas como mudanças climáticas e cibersegurança. “Os desafios são os mesmos sejam de pesquisadores dos Estados Unidos ou da África”, comentou. Também destacou a importância das comunidades. “Quando trabalhamos juntos, somos mais fortes, permitindo a colaboração de cientistas e equipes globais”, afirmou a gestora da Géant.
Foco na experiência do colaborador
A segunda palestra foi sobre a experiência dos colaboradores, com a psicóloga e coordenadora da Secretaria de Gestão e Desempenho Pessoal e fundadora do LA-BORA!, Luana Faria. Ela explicou que o tema é importante porque, a partir da melhoria da experiência do colaborador, existe também um aumento de engajamento e produtividade, além de maior abertura para inovação. Luana disse que, para inovar, é preciso que existam condições específicas que corroborem para que essa inovação aconteça. Essas condições, segundo ela, são engajamento e liderança.
A psicóloga ainda explicou que engajamento está ligado à confiança. Uma pesquisa da Harvard Business School comprovou que, em comparação a pessoas em empresas de baixa confiança, pessoas em empresas de alta confiança relatam 74% menos estresse, 106% mais energia e 76% mais envolvimento. Mas, parte do trabalho de criar uma atmosfera positiva no ambiente de trabalho também é dos líderes, disse a palestrante, cujo estilo de liderança afeta em 70% o clima organizacional.
“Os líderes devem focar em pessoas porque são elas que geram resultados. Quando o líder foca apenas na meta, eles gastam mais tempo e recursos e não são eficientes”, ela explicou.
Estratégia de oferta de serviços digitais para as Instituições de Ensino Superior
Um painel sobre estratégia de oferta de serviços digitais para as Instituições de Ensino Superior contou com a participação do diretor de Serviços e Soluções da RNP, Antônio Carlos Fernandes Nunes; do secretário de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC), Tomás Dias Sant’Ana; do subsecretário de Tecnologia da Informação e Comunicação do MEC, André Castro; e do reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Brasil.
Antônio destacou a aposta da RNP para o desafio em debate: o NasNuvens, o portal de soluções em nuvem da organização. “Estamos priorizando o entendimento sobre que essas sejam as ofertas que venham atender as demandas e as principais dores das nossas instituições. Hoje, o foco está muito voltado à descoberta, ao negócio, à sustentabilidade das ofertas para que as instituições possam aproveitar essa gama de opções que estamos negociando com diversos provedores e parceiros, fora e dentro do Sistema RNP”.
Do paper ao pitch: como aliar empreendedorismo e pesquisas científicas?
Ainda hoje, quando a gente pensa em pesquisadores, sempre os vê em laboratórios, em congressos científicos e escrevendo artigos e papers. Será que esse é o único espaço que os pesquisadores podem ocupar, seja na nossa mente ou na vida real? Para falar sobre esse assunto, abrimos um espaço de debate sobre o tema, trazendo dados sobre a inovação e o empreendedorismo na academia aqui no Brasil, com a fundadora e CEO da Wylinka, Ana Calçado, e histórias reais de pessoas que estão ocupando os dois espaços – de pesquisadoras e empreendedoras – e promovendo impacto na sociedade. Para isso, convidamos também a professora da UFPA e Co-fundadora do ApplicaTO, Kátia Omura, e a pesquisadora da USP e Co-foundadora da Biolinker, Mona das Neves Oliveira.
Elas compartilharam os desafios e oportunidades para os pesquisadores conseguirem transferir o produto de suas pesquisas para o mercado. “Eu sugiro que esses pesquisadores busquem ambientes de capacitação ou de aceleração e espaço em que possa estar com outros pesquisadores que estão no mesmo contexto de querer empreender, porque isso vai moldar a forma de pensar e transformar esses pensamentos de forma mais inovadora e empreendedora”, destacou a Ana Calçada. Ela também indicou acessarem o conteúdo sobre o tema e indicou o site da própria Wylinka, em que compartilham informações de parceiros e dicas para quem quer empreender na academia.
A importância da inserção da telessaúde na atenção primária
No encerramento do dia, Angélica Baptista Silva, da Fiocruz, e Alaneir de Fátima dos Santos, da UFMG, abordaram os desafios para a universalização da cobertura dos serviços de saúde e trouxeram dados da pesquisa para coleta de recomendações com quinze especialistas brasileiros em saúde digital relacionadas à incorporação de recursos de saúde na atenção primária.
“A primeira recomendação diz respeito à necessidade que, efetivamente, consigamos, inserir as ações se telessaúde no processo de estruturação da atenção primária. É necessário que isso faça parte do processo de trabalho das equipes de saúde da família. Nossas ações precisam estar bastante vinculadas a esse processo de estruturação”, destacou Alaneir.
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