RNP opera em nuvem edição histórica do SiSU, com mais de 2,4 milhões de inscrições

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Todos os anos, o Ministério da Educação (MEC) abre as portas do ensino superior, público e gratuito por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). Durante alguns dias de inscrição, de onde estiverem, jovens e adultos de todo país têm a oportunidade de se candidatarem para uma lista de cursos e instituições em busca de uma vaga. Além de um compromisso social que envolve sonhos de milhões de brasileiros, nos bastidores do sistema componente de uma política pública de educação, há uma força-tarefa para garantir o melhor desempenho possível e solucionar alguns desafios do negócio, entre eles, tecnológicos. Para isso, o MEC conta com o apoio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que, desde 2020, opera o SiSU em ambiente de nuvem, após migrá-lo. 

Lá, o portal do sistema dispõe de uma infraestrutura com capacidade para atender a milhões de conexões e milhares de acessos simultâneos recebidos em um curto período de tempo – os dias de inscrições que acontecem duas vezes por ano. Além de alta capacidade computacional, essa infraestrutura oferece elasticidade, escalabilidade, agilidade, segurança e estabilidade, com possibilidade de “crescer” conforme demanda. 

O recorde presenciado na primeira edição deste ano, realizada entre 6 e 14/4, é um bom exemplo para explicar as vantagens da nuvem: no primeiro dia de seleção, foram computadas 1.415.563 inscrições. O maior número de inscrições neste recorte de tempo, entre todas as edições anteriores. Com o volume de requisições acima da média, o time de especialistas responsável pela operação modelou componentes da nuvem e o SiSU continuou rodando normalmente, evitando indisponibilidades. Tudo isso em tempo real, enquanto o relógio corria e os candidatos faziam suas apostas. Se uma situação parecida acontecesse em uma infraestrutura própria, o Ministério da Educação precisaria prover mais capacidade computacional, no meio período de inscrições, o que poderia demorar mais do que seria possível esperar, com maior custo.

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Número de inscrições - Primeiro dia de Sisu

Segundo o Subsecretário de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do MEC, André Henrique Castro, em projetos de tal complexidade, como o SiSU, é fundamental possuir um bom planejamento, uma boa gestão de projetos, parceiros e especialistas que contribuam no processo. “Foram realizados múltiplos testes, validações de recursos, análises de segurança, simulações e testes de carga, que nos possibilitaram antecipar as eventuais ocorrências e comportamentos dos usuários. Obviamente, nem sempre todas as variáveis são controladas e, por isso, ter times de especialistas de alto gabarito atuando em tecnologias e ferramentas modernas, viabilizar uma maior capacidade de atuação do time. Sem dúvida, o uso da infraestrutura em nuvem nos trouxe os recursos necessários para viabilizar todo o projeto, permitindo com que dimensionássemos o ambiente, conforme a necessidade, e zelando pela busca do ‘custo ideal’, uma vez que foi possível eliminar ociosidades e aumentar a vazão em momentos de necessidade. O recurso de elasticidade e escalabilidade sem dúvida é um grande diferencial para soluções como o SiSU, que movimentam milhões de acessos concentrados em dias e horas específicas”, defende.

O diretor de serviços e soluções da RNP, Antônio Carlos F. Nunes, complementa: “Desde a primeira edição de 2020, o SiSU foi migrado para a nuvem, onde passou a contar com uma infraestrutura resiliente, elástica, escalável, estável, ágil e segura, características fundamentais para o atendimento à demanda crítica recebida durante os todos os dias de inscrições, quando mais de um milhão de alunos acessam o ambiente, e em vários momentos com picos de acessos simultâneos, pleiteando uma vaga no ensino superior gratuito e de qualidade. Nesta primeira edição de 2021, o ambiente disponibilizado, sendo gerido, operado e monitorado em tempo real, foi mais uma vez fundamental para que fossem batidos todos os recordes de inscrições realizadas durante o primeiro dia, com mais de 1,4 milhão realizadas. Mesmo com necessidade de ajustes durante a sua execução, esse tipo de arquitetura em nuvem e uma equipe altamente qualificada viabilizam o atingimento da política nacional de ensino superior, com impactos diretos na qualidade da plataforma disponibilizada para milhões de estudantes brasileiros”.       

Deu certo! Com números expressivos, como picos de 64.500 usuários simultâneos e 6.505 inscrições por minuto, a edição totalizou:

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Número de inscritos e inscrições no Sisu

Outro número inédito: nesta edição, houve o maior acesso percentual por dispositivos mobile. 

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Acesso: computadores x dispositivos móveis

 

Diante dos números, o Secretário de Educação Superior (Sesu) do MEC, Wagner Vilas Boas, defende que a edição do SiSU pode ser considerada um caso de sucesso! “A migração do programa para a nuvem aumentou a capacidade de acessos, garantindo a estabilidade e a escalabilidade na capacidade de processamento para atender à demanda crescente de estudantes. O MEC levou em consideração a necessidade de investimento em infraestrutura para comportar um sistema que recebe um enorme volume de acessos em aproximadamente dez dias por ano e que beneficia milhões de brasileiros, pois o SiSU é a principal forma de acessar o ensino superior público, por meio da nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) no Brasil”, argumenta.

Muito além da TI

Entre esses milhões de estudantes, está a jovem Victoria Angel, de 18 anos. Recém-formada no ensino médio, ela mantém um ritmo intenso de estudos para conquistar o próximo passo da vida acadêmica e profissional: estudar Medicina para trabalhar oferecendo auxílio às pessoas. E ela já sabe onde quer realizar esse sonho de infância – na Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), em Brasília, onde mora atualmente; ou na Universidade de Pernambuco (UPE), em Recife, endereço de alguns familiares. As duas gabaritadas instituições foram, respectivamente, a primeira e a segunda opção de cursos de Victoria no SiSU.

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Victoria Angel, de 18 anos

 

Para concorrer a uma das vagas, ela fez suas inscrições no portal no primeiro dia de sistema e comenta sua experiência com o site: “Fazer a inscrição foi bem tranquilo! Achei o site bem intuitivo e prático. Durante os dias de inscrição, eu entrava no site pela manhã, não precisei entrar de madrugada. Não caiu em momento nenhum! Não tive nenhum problema”.

Essas histórias por trás dos números são a chave para uma atuação de excelência, na visão do Subsecretário de TIC, André Henrique Castro. “O grande desafio das áreas de tecnologia modernas é entender que não realizamos gestão da TI pela TI, mas entender o negócio e saber que a TI faz parte da estratégia e capacidade de entrega de valor de uma instituição faz todo diferencial. Assim, saber que, eventualmente, uma falha de segurança, uma instabilidade do sistema ou ainda a sua indisponibilidade pode prejudicar o resultado final da política pública, nos leva a ter ainda mais zelo por esses princípios. Termos a oportunidade de realizar um processo dessa complexidade, que tem enfrentado, historicamente, problemas de desempenho e indisponibilidade, recebendo feedbacks dos nossos usuários de que a solução funcionou e estava disponível quando foi necessária, com realização de inscrições em cerca de cinco minutos, nos traz grande alegria frente ao resultado alcançado. Temos a certeza que demos um grande passo de qualidade e entrega de valor com este ciclo do SiSU”, vibra André.

Com o fechamento desta edição, o Secretário Wagner Vilas Boas olha para o futuro: “A expectativa é continuar oferecendo um ambiente estável, ágil e seguro e pouco oneroso aos usuários da estrutura de educação pública brasileira, além de melhorar a maturidade do MEC em computação na nuvem”.

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