Programa Ciência na Escola estimula o interesse de estudantes de educação básica e pública por ciência

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Você lembra o que desejava ser na vida adulta quando era criança? Astronauta, professor, médico, engenheiro… e por que não cientista? É para expandir o leque de possibilidades no futuro de crianças que hoje estão em salas de aulas, estimular o interesse desses estudantes pelas carreiras científicas desde a infância e adolescência e aprimorar o ensino de ciências nas escolas públicas de educação básica que o Programa Ciência na Escola (PCE) existe. Se desde o ensino fundamental até o ensino médio, esses alunos tiverem a oportunidade de conhecer, experimentar, testar e observar a ciência, de forma lúdica e convidativa, poderão considerar este um caminho possível não apenas para si próprios, como também para o desenvolvimento do país.

O Programa Ciência na Escola objetiva:

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Objetivos do Programa Ciência na Escola

A iniciativa é uma parceria dos Ministérios da Educação (MEC) e da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) é responsável pela plataforma na qual o Programa é gerenciado, monitorado e avaliado e seus resultados são disponibilizados.

Entre as ações previstas no PCE, está a Chamada Pesquisador, financiada e coordenada pelo MCTI e pelo CNPq. Nessa etapa, a ideia é que os projetos sejam formulados em conjunto por pesquisadores e professores de escolas da educação básica, a fim de aproveitar o conhecimento produzido por ambos e promover a aproximação e a troca de experiência entre esses dois grupos (acadêmicos e professores da educação básica). A expectativa é de que os projetos financiados possam gerar conhecimento científico sistematizado sobre o ensino de ciências e formulem soluções aplicáveis por meio de ações inovadoras, criativas e consistentes para mudança efetiva da realidade do ensino de ciências nas escolas públicas brasileiras.

Para marcar a execução dessa ação, no início deste mês, em 4/3, em uma sala do Conferência Web, aconteceu o “I Seminário de Avaliação do Programa Ciência na Escola – Chamada Pesquisador”, com o propósito de compartilhar o trabalho realizado durante 2020 pelo MCTI e pelo CNPq com os coordenadores de projetos, atualizar sobre os projetos em andamento e alinhar os próximos passos para 2021. Na abertura do evento, representantes das instituições envolvidas na etapa marcaram presença.

O Secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, inaugurou os microfones e defendeu que a iniciativa beneficia não apenas os estudantes, bem como toda a sociedade. “O Programa Ciência na Escola é uma iniciativa de grande relevância, que envolve um compromisso por parte do MCTI e do CNPq pelo aprimoramento do ensino de ciências na educação básica do nosso país. Nada é mais valioso que a educação e a aprendizagem de nossas crianças. Com esse evento, estamos mostrando a força da área de ciências humanas e sociais para o Brasil, em um tópico tão importante que é reafirmar a pesquisa acadêmica, balizando todas as metodologias e inovações para o desenvolvimento do nosso país”, argumenta.

Segundo o Secretário, os resultados da Chamada Pesquisador darão subsídios para o aprimoramento do ensino de ciências e permitirão testar novas metodologias de ensino, aproximar cientistas e escolas, estimulando o encontro de academia com os jovens estudantes. Na oportunidade, Marcelo Morales ainda revelou os números da ação:

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Números do Programa Ciência na Escola

E ele anunciou: “Na próxima etapa, pretendemos implementar recursos para aplicação piloto de todas essas metodologias em escolas piloto em todo o território nacional. Traremos as experiências realizadas para a prática.”

Compondo a “mesa” virtualmente, a Diretora de Cooperação Institucional do CNPq, Maria Zaira Turchi, destacou a importância estratégica do programa de educação: “Com uma educação básica, sobretudo pública, voltada para o conhecimento através do método científico, além de formar melhor nossos alunos, no futuro, teremos profissionais que compreendem a relevância da ciência porque foram formados assim na escola. Hoje, apresentamos para o governo, gestores e sociedade em geral a importância do financiamento para a ciência e de seu papel para o desenvolvimento de qualquer país, bem como para o enfrentamento de qualquer crise”.

Visão endossada por Nelson Simões, diretor-geral da RNP. “Ciência é a solução. Quando não sabemos o que fazer, fazemos pesquisa. E isso precisa chegar nas meninas e nos meninos que estão aprendendo no dia a dia, nas escolas”, justifica. Nelson ainda falou sobre o papel da RNP na iniciativa: “A RNP se juntou com muita felicidade desde o início para apoiar essa ação. Esse é o nosso papel. Nós estamos aqui para ajudar e tornar as coisas mais simples, claras e visíveis. Que possamos extrair sentido de um propósito tão importante para o país, para todos nós”.

Também estavam presentes na abertura do Seminário Adriana Tonini, Diretora de Engenharias, Ciências Exatas, Humanas e Sociais do CNPq; Carlos Antunes, Secretário-substituto de Articulação e Promoção da Ciência; Regina Silverio, diretora do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos; e Laercio Ferracioli, Professor Titular e Diretor de Inovação e Divulgação da Ciência da Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). 

Na segunda parte do evento, foi momento de os coordenadores apresentarem seus respectivos projetos por meio de dados reunidos na Plataforma do Programa Ciência na Escola, relataram os principais desafios nessa jornada e compartilharam informações essenciais para o planejamento de 2021.