Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa é lançada, conheça as funcionalidades

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A noite da última quarta-feira (2/9) foi de grandes feitos para o ecossistema de ciência, tecnologia e inovação brasileiros. O auditório do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações tornou-se palco para o lançamento de ferramentas essenciais para o avanço científico no país, entre elas a Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa (PNIPE). O portal, fruto de um trabalho conjunto, com fomento do MCTI e modelagem, desenvolvimento, suporte e operação da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), é capaz de mapear, reunir de maneira sistemática informações e permitir o compartilhamento de infraestrutura de pesquisa das Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) brasileiras.

Marcelo MoralesNo evento de lançamento da plataforma, o Secretário de Pesquisa e Formação Científica do MCTI, Marcelo Morales, abriu o momento de fala, agradecendo pelo trabalho que a RNP tem feito. “Quando o Ministro me chamou para ser secretário, ele me perguntou se tínhamos o relatório da infraestrutura no país. Eu respondi que não. Começamos a pensar: temos que ter um relato disponibilizado sobre a infraestrutura dos laboratórios multiusuários e equipamentos disponíveis para todos os pesquisadores. Isso teria um impacto enorme nas pesquisas! E essas informações precisam estar disponíveis de forma fácil. Não em papel, mas em uma plataforma como se fosse um ‘Lattes dos equipamentos e laboratórios multiusuários nacionais’”, recordou o secretário. Com a ferramenta pronta para cumprir o propósito pela qual foi criada, Marcelo Morales defende: “A gente otimiza o uso desses equipamentos, dando repercussão no impacto das pesquisas nacionais”.

Nelson SimõesEm seguida, o diretor-geral da RNP, Nelson Simões assumiu a palavra. “Ter uma infraestrutura de pesquisa é algo essencial e ter uma plataforma para descoberta de uma infraestrutura de pesquisa era algo que fazia falta realmente. E a gente tem o grande desafio de fazer essa descoberta gerar resultados. Estamos falando de uma infraestrutura para serviços especializados, voltada para o conhecimento. O primeiro passo foi dado e que bom que a gente deu esse primeiro passo! A plataforma há está disponível para compilar, compartilhar e contribuir. Primeiro, agregar tudo que está disponível e tornar visível. A RNP se sente privilegiada em apoiar essa visão, que começa pequena, mas vai evoluir. Para isso, já estamos trabalhando em conjunto com a secretaria para fazermos a integração com outros ecossistemas, dados científicos, de informação dos pesquisadores, entre outros, para que possamos ver desvelado também outras possibilidades, que são muitas, e mostrar a cada dia que a ciência pode trazer resoluções para os problemas nacionais. E também pensamos nela como uma ferramenta de integração internacional. Queria agradecer muito a oportunidade de estar construindo isso para o sistema nacional de ciência, tecnologia e inovação”, argumenta Nelson.

Marcos Pontes

Ao fim do evento, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, finalizou comemorando os feitos celebrados na noite: “Eu tenho ficado muito feliz aqui com tanta coisa que tem sido desenvolvida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e por todos os parceiros que trabalham junto conosco. Eu acho que essa somatória de esforços, todos pensando no bem das pessoas e em como a gente pode ajudá-las, tem o poder e a sinergia de causar transformações. Sobre a plataforma de infraestrutura de pesquisa, é algo essencial para que as pesquisas sejam feitas e, portanto, é preciso aumentar essa infraestrutura. A parte de gestão é algo extremamente importante: gerenciar e tornar o que já temos mais eficientes. Depois, partimos para a expansão dessa infraestrutura”.

Assista o evento completo aqui:

 

Sobre a Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa

PNIPE

Impulsionar o desenvolvimento tecnológico, a produção de pesquisa e a criação de serviços inovadores no Brasil fazem parte do DNA de instituições como RNP. É para isso que trabalhamos. Mas, afinal, como é possível? Como são os bastidores da produção científica e tecnológica no país? Você consegue, por exemplo, imaginar como é a infraestrutura de pesquisa nas Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) brasileiras?

Antes disso, você sabe o que é uma ICT? Lá vai: são organizações, públicas ou privadas, sem fins lucrativos que tenham como razão de existir a criação, a execução e o incentivo a pesquisas científicas e tecnológicas. O principal intuito desses órgãos é desenvolver soluções que respondam às necessidades da sociedade de maneira inovadora e tecnológica. No Brasil, segundo Relatório Formict 2018 do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), são mais de 300 ICTs, entre públicas e privadas, que envolvem membros da comunidade científica e tecnológica. 

Com esse conceito “fresquinho” na cabeça, voltemos a pensar sobre a infraestrutura dessas organizações: como são? Quantos e quais são os equipamentos de pesquisa existentes? E se os membros dessa comunidade puderem compartilhar materiais entre si para alavancar a produção de conhecimento no país? A resposta para essas perguntas está na mais nova solução tecnológica, que acaba de ser lançada, a Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa (PNIPE).

PNIPE

 

A plataforma permite acesso da comunidade científica e tecnológica e de outras empresas interessadas em realizar pesquisa avançada com foco em novos produtos ou tecnologias às instalações laboratoriais e aos equipamentos de pesquisa existentes, promovendo uso compartilhado dessa infraestrutura. E tem mais: os indicadores gerados pela solução, que integra e cataloga informações dos principais laboratórios multiusuários existentes no país, dão visibilidade e subsidiam decisões mais assertivas de políticas públicas para o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (SNCTI).

Inicialmente, as instituições serão cadastradas pelo próprio MCTI e, uma vez integradas a iniciativa, terão a oportunidade de catalogar toda infraestrutura sob sua responsabilidade. Nesse momento, laboratórios e equipamentos vinculados a essas instituições. Com o lançamento, o primeiro grande objetivo é catalogar toda essa infraestrutura para que, na próxima fase, o conjunto de funcionalidades relacionadas ao compartilhamento dessa infraestrutura possa ser então disponibilizado, respeitando os critérios de cada instituição.

Enquanto pesquisadores e empresas interessadas em realizar pesquisa avançada ou desenvolver novos produtos ou tecnologias podem ter acesso a laboratórios com equipamentos de vanguarda, instituições cuja infraestrutura não esteja com sua capacidade máxima de uso alcançada poderão ofertar serviços, fomentando assim a inovação no país. O que evita ócio de equipamentos, otimiza o uso de recursos públicos na manutenção preventiva e corretiva das infraestruturas existentes, bem como na construção de novas instalações e aquisição de novos equipamentos, além de fortalecer o vínculo entre os membros dessa comunidade aliada. “Transparência” é outra palavra-chave dessa ferramenta, que relata às agências de fomento o uso compartilhado dos equipamentos.

De acordo com o MCTI, a Plataforma tem como objetivos:

Objetivos

 

Com uso igualitário a todos, podem se beneficiar da iniciativa instituições como o próprio MCTI, na figura de um gestor da iniciativa e responsável pela estratégia e políticas públicas; Universidades públicas, ICTs e grandes infraestruturas de pesquisa, incluindo os laboratórios multiusuários, interessadas em catalogar e compartilhar infraestruturas; pesquisadores e instituições de P&D, com interesse em fazer uso de infraestruturas de pesquisa compartilhadas.

Acesse a plataforma em: www.pnipe.mctic.gov.br/

https://pnipe.mctic.gov.br/