Pesquisadores usam Solidariedade à Pesquisa para impulsionar produção científica no país, veja casos

Home 9 Institucional 9 Pesquisadores usam Solidariedade à Pesquisa para impulsionar produção científica no país, veja casos

Rodrigo Oliveira, professor no PPG de Química na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)Pelo Brasil afora, há milhares de pesquisadores produzindo conhecimento sobre temas que você nem imagina. Por exemplo: você sabe o que é um “turbidímetro”? Esse foi o equipamento que o Rodrigo Oliveira, professor de um dos poucos programas de pós-graduação em Química na região do semiárido brasileiro, na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), conseguiu arrecadar por meio da plataforma Solidariedade à Pesquisa, ambiente que conecta pesquisadores para que eles possam colaborar entre si, trocando, emprestando, solicitando ou doando materiais, equipamentos e insumos para suas pesquisas.

Com o instrumento, Rodrigo pode continuar a produção de conhecimento na sua linha de pesquisa sobre as argilas naturais da região, através da modificação superficial das partículas do mineral. A pesquisa visa aplicações em medicina regenerativa e materiais condutores iônicos para dispositivos para armazenamento de energia. “Dentro dessa linha de trabalho, é importante que a gente consiga acompanhar o processo de sedimentação dessas partículas, que é uma propriedade que varia em função da modificação superficial que nós fazemos nelas. Essa propriedade pode ser medida através de um turbidímetro, que é o equipamento que eu solicitei no programa Solidariedade à Pesquisa”, ele explica.

Ana Lia Anbinder, professora do curso de Odontologia na Universidade Estadual Paulista (Unesp)Já a Ana Lia Anbinder, professora do curso de Odontologia na Universidade Estadual Paulista (Unesp), tem estudos sobre os efeitos dos probióticos na redução da inflamação e da perda óssea dos pacientes em caso de doença periodontal, que é a principal causa de perda dentária na população adulta. “Nós compramos kits Elisa para avaliação de citocinas inflamatórias produzidas por células humanas cultivadas in vitro. Esse é um material altamente específico que nós utilizamos, mas sobraram algumas placas e elas não são úteis agora, no momento em que estamos em um momento mais avançado da pesquisa”, lembra Ana Lia. O material que seria inutilizado pelos pesquisadores responsáveis foi publicado no painel eletrônico do Solidariedade à Pesquisa e deve ser aproveitado por outros estudiosos que precisam desse tipo de insumo.

A pesquisadora opina que a ferramenta de apoio à pesquisa estimula a redução do desperdício e é “uma ideia muito inteligente para otimizar os recursos que nós temos, não só para fortalecer a ciência brasileira, mas também para a economia, o meio ambiente e a sociedade”. Isso foi exatamente o que motivou a criação do portal de compartilhamento, uma iniciativa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com desenvolvimento foi feito pela equipe de TI da Faculdade de Ciências Médicas (FCM), em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Os depoimentos dos pesquisadores fazem parte de uma reportagem em vídeo produzida pela CAPES, assista o conteúdo completo: 

O idealizador da solução e professor da Unicamp, José Antonio Rocha Gontijo, explica que o ambiente é voltado para a toda comunidade acadêmica brasileira, em prol do avanço da ciência: “Todos os pesquisadores, programas e alunos de pós-graduação podem participar. O sistema imaginado por nós visa divulgar entre a comunidade científica as intenções de doações, pedidos e empréstimos de insumos básicos utilizados em pesquisa, através do sistema de publicação online, com a finalidade de auxiliar os pesquisadores a finalizar seus projetos de pesquisa”. 

Falando em comunidade acadêmica, a plataforma tem potencial para ajudar muita gente. Conforme estima o último censo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), de 2016, existem quase 200.000 pesquisadores no Brasil, como o Rodrigo Oliveira e a Ana Lia. O levantamento registrou:

censo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), de 2016, estima: existem quase 200.000 pesquisadores no Brasil

 

José Antonio Rocha Gontijo, idealizador da plataforma e professor da Unicamp

 

O site está pronto para receber esses membros da comunidade acadêmico-científica de instituições de ensino superior brasileiras – públicas ou privadas – que queiram colaborar. E, para isso, isso é muito simples: basta buscar pelo endereço https://solidariedade.unicamp.br e fazer o acesso via Comunidade Acadêmica Federada (CAFe). No mural eletrônico, os membros podem publicar uma solicitação ou oferta de insumos e materiais e também visualizar outros anúncios em que vejam uma oportunidade de colaborar, organizados por área do conhecimento. 

Acesso ao Solidariedade à Pesquisa

 

Para ler conteúdos relacionados à plataforma, acesse: Solidariedade à Pesquisa: troca, empréstimo ou doação de insumos para a pesquisa

Essa reportagem usou informações da CCS/CAPES e Rádio Unesp. A foto do professor José Antonio Rocha Gontijo usada nesse conteúdo é de autoria de Antoninho Perri/SEC Unicamp.