RNP assina acordo para levar plataforma de Inteligência Artificial LAURA para hospitais públicos

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Quatro assinaturas e um propósito: democratizar tecnologia de ponta, levando-a ao sistema de saúde público, para ajudar a salvar vidas. Pelos punhos do diretor-geral da RNP, Nelson Simões; do Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes; do Comandante Logístico do Hospital das Forças Armadas (HFA), Rui Yutaka Matsuda; e do Presidente do Instituto Laura Fressatto, Jacson Fressatto, um Acordo de Cooperação entre as instituições devidamente representadas foi selado.

Resultado? Agora, a plataforma de inteligência artificial (IA) do sistema Laura deve ser implementada em hospitais da rede pública. Já na primeira etapa do projeto, três hospitais serão selecionados. O HFA é o primeiro da lista para colocar a tecnologia a serviço dos pacientes. A IA e a tecnologia cognitiva do Laura possibilita a identificação antecipada dos riscos de deterioração clínica, como a Sepse. O sistema é capaz de gerenciar dados da rotina hospitalar e emitir alertas para a equipe assistencial, o que melhora a capacidade preditiva, para que os pacientes mais críticos sejam atendidos com prioridade e recebam o tratamento adequado o quanto antes. No atual momento de combate ao Covid-19, a IA também promete ser uma aliada.

No HFA, a solução entregue está pronta para ser implementada em todo o hospital. No entanto, é a unidade de saúde quem dita o ritmo da ampliação, após experimentação piloto em uma área restrita com maior criticidade nos atendimentos. A instalação da IA é fruto de um plano de trabalho estabelecido com a RNP e contratualizado com a Secretaria de Tecnologias Aplicadas (SETAP/MCTIC).

A aliança entre RNP, MCTIC, Instituto Laura e HFA foi oficializada na manhã da última quinta-feira (26), no auditório do Ministério, em Brasília. A cerimônia foi transmitida nas redes sociais do MCTIC, para que os internautas pudessem acompanhar o marco remotamente. Assista pelo Facebook ou pelo Youtube.

Na oportunidade, Nelson Simões, diretor-geral da RNP, inaugurou o púlpito e falou sobre a importância da iniciativa, visando o benefício para milhares de pessoas. “A RNP já atua há muitos anos, integrando hospitais de ensino no Brasil: são mais de 120 hospitais e 10 anos conectados em infraestrutura nacional. Essa possibilidade de usar inteligência artificial aplicada à assistência, à educação, à pesquisa e à Segunda Opinião Formativa* tem uma enorme capacidade de transformar o dia a dia do gestor de saúde. Para nós, é um privilégio integrar essa iniciativa”, vibrou Nelson.

*A chamada Segunda Opinião Formativa (SOF) é uma teleconsultoria relacionada à saúde e assuntos relevantes para o Sistema Único de Saúde (SUS). 

O Ministro Marcos Pontes lembrou do alinhamento presente entre o projeto e os objetivos do MCTIC. “O Ministério tem três linhas em sua missão. Primeiro, produzir conhecimento para o país. Segundo, produzir riquezas para o país. Terceiro, contribuir com a qualidade de vida das pessoas. Esse projeto está exatamente dentro dessa ideia. É o uso da inteligência artificial de forma muito social, no dia a dia da gente. E é bom ressaltar que isso está sendo oferecido de forma gratuita nos hospitais. Isso é extremamente importante, essa percepção de como a ciência e a tecnologia podem ajudar a salvar vidas”, defendeu o astronauta.

O desafio de oferecer uma ciência e tecnologia de maneira acessível também foi endossado pelo idealizador do Sistema Laura como um fator relevante da ação. “Inovação não precisa só de recursos, precisa de coragem. Hoje nós somos um elenco de pessoas corajosas levando tecnologia acessível para a saúde do nosso país”, argumentou Jacson Fressatto. “A tecnologia do Robô Laura será levada a um público que precisa de acesso a esses recursos”, finaliza.