A fim de auxiliar gestores de TI de instituições que abrigam laboratórios de pesquisa ou centros de computação que demandam melhorias no desempenho da rede, a RNP lançou o Guia DMZ Científica, que orienta esses profissionais sobre como implantar uma arquitetura DMZ Científica (do inglês Science DMZ).
Esse modelo consiste na criação de um ambiente de rede otimizado para transferências de dados com alto desempenho e é ideal para aplicações científicas, uma vez que muitas delas exigem a movimentação de dados na ordem de gigabytes ou mesmo terabytes por dia. “As redes de comunicação tornam-se um elemento crucial para viabilizar e fomentar a e-Ciência, pois se cada experimento colaborativo demorar dias ou semanas para transferir os dados entre as instituições, a pesquisa colaborativa pode se tornar impraticável”, afirma o gerente de Comunidades e Aplicações Avançadas da RNP, Leandro Ciuffo.
Ao implantar a arquitetura DMZ Científica, as instituições poderão melhorar o nível de serviço para seus clientes com demandas diferenciadas de rede, como pesquisadores que necessitam realizar transferências para longas distâncias e aumentar a sua atuação em pesquisas colaborativas internacionais. “Estar preparado para realizar grandes transferências de dados na era do ‘Big Data’ pode incentivar um aumento na participação em projetos, publicações e atividades de pesquisa da instituição”, acrescenta Leandro Ciuffo.
Um dos casos de sucesso no uso dessa infraestrutura é o Laboratório de Genética e Biotecnologia Vegetal da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). O centro de pesquisa participa da Rede InterSis, que estuda interações bióticas de vários organismos usando ferramentas de bioinformática. A rede inclui 14 grupos de trabalho em oito instituições brasileiras de cinco estados, além de cinco parceiros internacionais.
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