Especialistas de todo o país se reuniram no Seminário de Telediagnóstico e Telemedicina, realizado no dia 5/10, no Ministério da Saúde (MS), em Brasília. O objetivo foi compartilhar experiências e ampliar o conhecimento sobre os atuais serviços ofertados no país. A RNP foi representada pelo diretor-adjunto de Gestão de Soluções, Antônio Carlos F. Nunes, que participou da mesa de abertura do encontro.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, abriu o seminário, destacando a importância do investimento em telessaúde. Para ele, o desafio do MS é otimizar o atendimento à população, conectando profissionais da Atenção Básica a especialistas vinculados a instituições de referência. “Queremos colher experiências, avaliá-las e implementar os melhores exemplos em nível nacional. A ampliação do conhecimento sobre os serviços de telessaúde disponíveis no país vai nos permitir aprimorar a qualidade do atendimento em todo Sistema Único de Saúde (SUS). São 150 milhões de brasileiros que dependem exclusivamente do SUS aguardando por nossas soluções”, afirmou. O ministro afirmou ainda que os recursos da Saúde serão mantidos, ou seja, o teto de gastos da pasta não será alterado.
O diretor-adjunto da RNP destacou a cooperação entre a organização e o MS, desde 2009, junto à Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), incentivando a implantação e capacitação de Núcleos de Telessaúde no Brasil. “Essa parceria oferece infraestrutura de rede com serviços e soluções de comunicação e colaboração, com inovações específicas para uso dos grupos de interesse existentes. A intenção é alavancar o uso de teleconsultoria, telediagnóstico e tele-educação, assim como a sua integração com a Rede Universitária de Telemedicina (Rute)”, declarou Nunes.
Em seguida, a coordenadora do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes da SGTES, Thaís Matos, apresentou o programa, destacando a participação da RNP como parceiro importante no fornecimento da infraestrutura, serviços e soluções necessárias para fomento de políticas públicas.
O evento contou com a presença de representantes de núcleos estaduais de telessaúde, de hospitais com ações na área – Albert Einstein, Sírio Libanês, Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), Hospital Moinhos de Ventos, Hospital do Coração (Hcor); do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass); e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), entre outras instituições públicas e privadas com experiências na área.
Sobre telessaúde e números no Brasil
A telessaúde, que engloba telemedicina, telediagnóstico e tele-educação, consiste em um conjunto de ferramentas tecnológicas e processos de trabalho que promovem uma maior eficiência no atendimento à população. Por meio dessas ferramentas, profissionais de saúde podem consultar especialistas e obter laudos de exames à distância, evitando a necessidade, por exemplo, de encaminhar pacientes a outras unidades de saúde.
Do início de 2008 a agosto de 2016, foram realizados 3.411.011 telediagnósticos, 2.981.853 participações em atividades de tele-educação e 481.011 teleconsultorias. Desses, somente este ano, foram realizados 580.868, 566.371 e 110.944, respectivamente. Também há oferta de teleconsultorias por meio do serviço telefônico gratuito para médicos e enfermeiros da Atenção Básica de todo o território nacional, para abranger os estados que ainda não contam com núcleos de telessaúde.