Representantes da comunidade acadêmica participaram da 17ª edição do WRNP, que ocorreu nos dias 30 e 31/5 em Salvador, junto ao 34º Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC). A programação do evento trouxe temas como redes de 100 Gb/s, experimentais e definidas por software, aplicações de vídeo, educação a distância, dados abertos, eCiência, campus inteligente, entre outros de relevância para o uso avançado de redes, aplicações e Tecnologias da Informação e Comunicação.
No primeiro dia, o diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Augusto Gadelha, destacou que o supercomputador Santos Dumont, na lista das unidades com maior capacidade de processamento no mundo, está disponível para a comunidade acadêmica. Para Gadelha, eCiência significa criar uma infraestrutura de capacidade de processamento de dados científicos no país. “Se não tivermos a conectividade de alta velocidade, vamos ter o uso dos supercomputadores de forma limitada”, afirmou.
Já o coordenador-geral de tecnologias de informação e informática do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), Leonardo Lazarte, alertou para uma maior eficiência da produção científica nacional ao apresentar o Programa Nacional de Acesso Aberto a Dados de Pesquisa.
O programa visa apoiar pesquisadores no compartilhamento de infraestrutura, conectividade, armazenamento e processamento de dados, além de promover políticas de incentivo, capacitação e facilidade de acesso, especialmente para os cientistas fora dos grandes centros. “É preciso criar mecanismos que facilitem o pesquisador a automatizar seus dados”, declarou Lazarte.
O diretor substituto do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Márcio Portes, detalhou o desenvolvimento da Rede Rio Metropolitana (Redecomep-Rio), que conecta instituições de ensino e pesquisa que compartilham dessa infraestrutura óptica. Portes afirmou que o CBPF está envolvido em várias aplicações de eCiência, que utilizam a rede acadêmica, a Ipê, e preveem a movimentação de grande volume de dados, tais como a Física de Altas Energias, a Cosmologia e a Física de Materiais, em especial o projeto Large Hadron Colider (LHCOne), do Centro de Pesquisas Nucleares da Europa (Cern).
Outro destaque da programação foi o diretor-presidente do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) e conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Demi Getschko. Em sua exposição, ele defendeu o Marco Civil, que classificou como “uma grande lei”, que deve ser difundida e compreendida.
O WRNP ainda trouxe 25 estandes com demonstrações dos projetos coordenados pelo Programa de Grupos de Trabalho da RNP, de educação a distância, financiados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), os selecionados pela 3ª Chamada Coordenada entre Brasil e União Europeia, além de serviços avançados de conectividade, da plataforma experimental Fibre e de aplicações de vídeo digital.
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