Conexão internacional de 100G é ativada entre América Latina e Estados Unidos

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No dia 11 de maio, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), a Rede Acadêmica do Estado de São Paulo (ANSP) e a Universidade Internacional da Flórida (FIU) anunciaram a entrega da primeira conexão internacional de 100G entre a América Latina e os Estados Unidos. A nova interconexão, que liga Fortaleza e São Paulo a Miami, é um dos componentes do projeto AmLight Express, financiado pela National Science Foundation (NSF), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pela RNP, que visa disponibilizar uma infraestrutura de rede de alto desempenho para a colaboração científica entre as duas regiões.

A conexão de 100G amplia a saída internacional da rede acadêmica brasileira, a rede Ipê, e soma-se aos canais internacionais que atualmente ligam Miami a São Paulo. Os enlaces nos cabos submarinos são mantidos pelo consórcio AmLight, que gerencia as conexões internacionais entre os Estados Unidos e a América Latina para fins de ensino e pesquisa.

O grupo é formado por universidades e redes acadêmicas locais, regionais e nacionais: a Universidade Internacional da Flórida, a RNP, a ANSP, as redes acadêmicas do Chile (Reuna), da Flórida (FLR), dos Estados Unidos (Internet2), a RedClara, que conecta as redes acadêmicas na América Latina, a Associação de Universidades de Pesquisa em Astronomia (Aura) e a operadora de telecomunicações Latin American Nautilus.

Segundo o vice-presidente da FIU, Robert Grillo, o canal internacional de 100G estabelece novos parâmetros em conectividade de alta capacidade e desempenho nas Américas e possibilita novas oportunidades de colaboração científica. Uma das iniciativas beneficiadas é o projeto internacional de Astronomia Large Synoptic Survey Telescope (LSST), que conta com a participação de 50 pesquisadores brasileiros. O LSST é um telescópio em construção em Cerro Pachón, no Chile, com previsão para entrar em operação em 2022, que terá capacidade para fazer o mapeamento de quase metade do céu em seis filtros por um período de dez anos.

Para o diretor de P&D da RNP, Michael Stanton, os links operados pelo consórcio AmLight são o principal apoio para colaboração entre o Brasil e a comunidade internacional. “A adoção de links de 100G este ano representa um aumento de capacidade de banda de até 500%, demonstrando o amplo suporte para o crescimento de colaborações científicas internacionais de intenso tráfego de dados”, afirmou Stanton.

De acordo com o coordenador do projeto ANSP, Luis Lopez, o canal de 100G operado pelo consórcio AmLight beneficia mais de 50 instituições de ensino e pesquisa de São Paulo conectadas à ANSP, responsáveis por mais de 40% da produção científica nacional.

Fonte: AmLight