Cabo submarino Fortaleza – Miami

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A Universidade Internacional da Flórida (em inglês, FIU) é uma importante instituição para o provimento de conectividade entre os Estados Unidos e a América do Sul, incluindo o Brasil. Desde 2001, lidera projetos para interligar os países do continente americano, o que contribuiu para aumentar o número e a capacidade de links internacionais na região. A RNP é uma rede parceira da FIU no Brasil, ao lado da rede acadêmica de São Paulo, a Ansp, que, juntas, compartilham e operam as conexões entre os dois países desde 2009.

Em abril de 2015, a National Science Foundation (NSF) dos Estados Unidos anunciou o financiamento do mais recente desses projetos, o AmLight Express, interconexão de alto desempenho entre Fortaleza e Miami, que pretende se estender até 2020. Até o final deste ano, o Brasil ganhará um canal de comunicação de 100 Gb/s com os Estados Unidos, por meio de cabo submarino, no âmbito do projeto OpenWave. “Considerando que serão mantidos os quatro atuais canais internacionais entre Miami e São Paulo, somados em 40 Gb/s, a capacidade total de banda entre os dois países atingirá 140 Gb/s”, afirma o diretor de P&D, Michael Stanton.

Em 2017, a perspectiva é a de que essa capacidade dê um salto, com a implantação de um novo cabo submarino entre Brasil e EUA, o Monet, cofinanciado pela Google. “Quando entrar o cabo Monet, os usuários acadêmicos deverão ganhar 600 Gb/s, elevando a capacidade total para 640 Gb/s”, explica Stanton. Esse cenário oferece à comunidade acadêmica sul-americana condições para maior colaboração em projetos que demandam grande capacidade de rede.

No caso do Monet, um dos grandes compradores de capacidade no cabo será o projeto Large Scale Synoptic Telescope (LSST), que está construindo um novo telescópio óptico no Chile. “A aquisição de capacidade de 600 Gb/s servirá não apenas para o uso próprio do LSST, mas também para realizar permuta com as redes acadêmicas da América do Sul e obter outras conexões de seu interesse”, esclarece o diretor. “A RNP está envolvida nesse empreendimento, dentro do contexto do projeto AmLight Express, e proverá ao LSST conectividade entre Brasil e Chile em troca de conectividade entre Brasil e os EUA”, complementa.

Expansão de cabos submarinos no Brasil

As conexões internacionais providas pelos projetos da FIU dependem da existência de cabos submarinos, que passaram a substituir as antigas conexões por satélite. A atual geração de cabos começou nos anos 2000, com três iniciativas ligando Brasil aos Estados Unidos: South American Crossing, South America-1 e GlobeNet. A FIU utiliza em seus projetos, principalmente, os dois primeiros cabos, que suportam conexões de até 10 Gb/s.

Segundo Stanton, atualmente estamos testemunhando uma nova fase de expansão de cabos submarinos. Entre os Estados Unidos e o Brasil, haverá ao menos dois cabos novos até 2017: Monet, financiado pela Angola Cables, Google, Algar Telecom (Brasil) e Antel (Uruguai), entre São Paulo, Fortaleza e Miami; e Seabras-1, da Seaborn Networks, ligando São Paulo, Fortaleza e Nova York.

Outros novos cabos submarinos saindo do Brasil e previstos para entrarem em operação em 2017 são o eulaLink, ligando Fortaleza a Lisboa, passando por Cabo Verde, Canárias e Madeira; e o Sacs, da Angola Cables, entre Fortaleza e a capital angolana, Luanda. “O eulaLink fornecerá a primeira conexão de alta capacidade entre Brasil e Europa e há perspectiva de bom atendimento a redes acadêmicas através da aquisição de capacidade por essas redes e por governos na Europa e América, inclusive pela RNP”, afirma Stanton.

Já o Sacs fornecerá a primeira conexão de alta capacidade entre Brasil e África. “Todos esses cabos provêm fundamentalmente infraestrutura para que possamos construir conexões a redes acadêmicas e comerciais em outros países e continentes”, conclui.

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Sobre o AmLight Express

AmLight Express é uma das iniciativas da sequência de projetos que foi encaminhada pela Universidade Internacional da Flórida (FIU) e financiada pelo programa International Research Network Connexions (IRNC), da National Science Foundation dos EUA.

Projetos anteriores foram o próprio AmLight, que opera os links internacionais de alta performance entre os Estados Unidos e a América Latina; a rede acadêmica do Ocidente (WHREN/LILA), que interconecta os países membros da Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (RedCLARA) e os Estados Unidos; e o AtlanticWave-Software Defined Exchange, um ponto de troca de tráfego definido por software que funciona ainda em caráter experimental.