O tema central do III Fórum RNP foi apresentado pelo diretor do Departamento de Conhecimento, Ética e Pesquisa da Organização Mundial da Saúde (OMS), Najeeb Al-Shorbaji. Ele detalhou as ações da instituição e como esta emprega as tecnologias de informação e comunicação (TIC) para a saúde.
“A TI cria os laços entre os processos de saúde através de seus sistemas. O importante é desenvolver mecanismos que evidenciem, mostrem que a telemedicina está trazendo resultados e benefícios para o sistema de saúde. É isso que esperamos das 100 unidades da Rute (Rede Universitária de Telemedicina)”, disse
Ele explicou que a avaliação de resultados é uma lacuna da e-Saúde. “Isso porque é custoso, não faz parte do gerenciamento de projetos de e-Saúde. Existe também o medo dos resultados; a falta de conhecimentos, padrões e processos; diversas tecnologias, ambientes e aplicações; a falta de priorização e de padrão nos indicadores”.
Najeeb defendeu que é preciso pensar a e-Saúde como uma estratégia multidisciplinar. “O tratamento de saúde depende da qualidade dos dados coletados e disseminados. O big data tem potencial para acelerar a pesquisa e prover respostas para algumas das maiores dificuldades dos nossos tempos. Um problema é a privacidade. Uma vez coletado o dado, o indivíduo não tem domínio do que está sendo feito com isso”, alegou.
Para o futuro, o diretor da OMS prevê o reforço da utilização de padrões e ferramentas de interoperabilidade em nível global. “Também queremos introduzir treinamentos e capacitação em saúde e tecnologia, para os profissionais de TI e saúde, respectivamente”, concluiu.