Primeiras informações sobre o serviço piloto de e-mail da RNP para Ifes

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No início da tarde desta quarta-feira, 3/9, o Fórum RNP trouxe as primeiras informações sobre a ação da RNP na análise de soluções e modelos para a prestação de serviço de e-mail para os Institutos Federais de Ensino Superior (Ifes) e outras instituições.

O diretor-adjunto de Gestão de Serviços da RNP, Antônio Carlos Fernandes Nunes, lembrou o panorama que ensejou os trabalhos. “Em setembro de 2013, a imprensa apresentou informações sobre a espionagem norte-americana à Presidência da República, seus assessores, empresas brasileiras e outros. Para combater isso, o governo publicou o Decreto nº 8.135 de 04/11/2013 e sua recente regulamentação por meio da Portaria nº 141 de 02/05/2014, que dispõem sobre as comunicações de dados da administração pública federal”.

“Isso impacta as universidades federais que terceirizaram, nos últimos anos, seus serviços de e-mail a provedores comerciais”, explicou. Com esse cenário em vista, Antônio explicou que a RNP está desenvolvendo uma prova de conceito, com o objetivo de disponibilizar um serviço piloto de e-mail seguro para as universidades federais.

O diretor citou alguns aspectos da legislação, como a necessidade de se ter um código auditável e a entrada em vigência da determinação, 60 meses a partir da portaria de maio. “A proposta deve ser implantada pela RNP, com auditabilidade de código e autonomia para as instituições. Estamos considerando o atendimento aos docentes, aos colaboradores e aos alunos de pós-graduação das universidades, excluindo, apenas, os discentes da graduação neste momento, assim como priorizando as instituições que possam estar em situação mais crítica em função da nova regulamentação”, detalhou.

Antônio também revelou a preocupação da RNP em estabelecer uma infraestrutura elástica e escalável, com possibilidade de criptografia e viabilidade de autenticação federada. Como possibilidades de modelo, estão o oferecimento de um serviço gerido, hospedado, operado e mantido pela RNP; um padrão misto, com hospedagem e manutenção por parceiro, mas gestão da RNP; e hospedagem, operação e manutenção pelo parceiro, em modelo broker.

“Foram avaliados 105 requisitos e a solução melhor avaliada para o cenário específico, até agora, foi o Zimbra Collaboration Server Professional”, garantiu Antônio, que finalizou sua exposição afirmando que o levantamento ainda está em andamento e a RNP está aberta à colaboração das universidades e demais instituições usuárias de sua rede.

Um panorama da Educause

O painel da tarde também contou com uma apresentação sobre a EDUCAUSE, uma associação sem fins lucrativos cuja missão é promover o ensino superior por meio do uso da tecnologia da informação.

A vice-presidente para ensino, aprendizagem e desenvolvimento profissional da organização, Julie K. Little, mostrou, por videoconferência, como a EDUCAUSE ajuda aqueles que precisam liderar, administrar e usar a tecnologia da informação para moldar as decisões estratégicas em todos os níveis. A instituição envolve-se ativamente com faculdades e universidades, empresas, fundações, governo e outras organizações sem fins lucrativos, para promover a missão de transformar o ensino superior por meio do uso da tecnologia da informação.

“Como estratégia, usamos, primeiramente, a TI como um fator de mudança do jogo. Um dos exemplos é a preocupação em mapearmos as implicações da mobilidade para a área. Outro ponto é a construção de uma profissão. Na base, temos a infraestrutura e os processos”, detalhou Julie.

A executiva citou inúmeras ações da EDUCAUSE, com estudos e panoramas, que, em breve, serão disponibilizados aqui no hotsite do Fórum RNP 2014.