Na segunda sessão sobre computação em nuvem do III Fórum RNP, representantes de hospitais e dos Institutos Federais de Ensino Superior (Ifes) e de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) falaram o que esperam dos recursos de cloud computing.
O professor e superintendente de Tecnologia da Informação e Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Gabriel Pereira da Silva, expressou o desejo das universidades. “Queremos uma nuvem que resolva todos os nossos problemas, onde possamos colocar todos os nossos sistemas.”
Uma das aplicações de cloud que a UFRJ oferece para a sua comunidade é o OJS, provedor de serviço de revista eletrônica, para atender a área de pesquisa. Para Gabriel, “o Portal de Periódicos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) é um elemento importante para a comunidade, mas se esquece da produção nacional de pesquisa e periódicos, cada vez mais eletrônicos. Por isso, oferecemos a OJS”, disse.
Carlos Thiago Garantizado, do Instituto Federal do Amazonas (IFAM), mostrou a perspectiva dos IFs na implantação de serviços e aplicações de nuvem. “Trabalhamos com a infraestrutura, plataforma e serviço. O maior desafio é prover segurança. Não só prover, mas passar essa segurança ao usuário”, afirmou.
Ao apresentar uma matriz SWOT da implantação de nuvem nos IFs, destacou como forças a integração dos institutos, o serviço Comunidade Acadêmica Federada (CAFe) e o conhecimento técnico das equipes.
Moderado por Adenilson Raniery Pontes, do Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), o painel contou ainda com a participação de Marco Antonio Gutierrez, que dirige o Serviço de Informática e o Laboratório de Informática Médica do Instituto do Coração (Incor).
Gutierrez destacou que “os sistemas de informação de saúde têm que estar disponíveis com muita rapidez”. Segundo ele, “na área hospitalar, as soluções em nuvem abertas não podem ser usadas. Precisamos garantir a confidencialidade e o sigilo das informações tratados”.
Ao final de sua palestra, o dirigente explicou as restrições econômicas do setor de saúde no que tange cloud computing. “O investimento em tecnologia dentro dos hospitais ainda é visto como um custo e não como investimento. Por isso, não conseguimos evoluir em soluções de nuvem privada, por conta de questões financeiras”, declarou.