Fórum RNP debate a revolução digital e seus impactos na sociedade

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Iniciativa para modernizar e integrar os sistemas de saúde no Brasil, o SUS Digital pretende facilitar a troca de informações entre profissionais e pacientes por meio de ferramentas digitais. O programa amplia o acesso à saúde no país. Sua aplicação e os impactos da transformação digital na área foram discutidos em painel no segundo dia do Fórum RNP.

Moderada por Luiz Ary Messina, gerente de Relacionamento com a Saúde na RNP, a mesa de debates teve a apresentação de Ana Estela Haddad, secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde. Ela reforçou a importância do aplicativo Meu SUS Digital, que concentra diferentes serviços de saúde na palma da mão dos usuários.

“O SUS é um grande desafio, mas é uma grande potência como política social. São 2,8 bilhões de atendimentos por ano. O programa SUS Digital vem com o objetivo de ampliar o acesso, garantir a continuidade do cuidado e promover a transformação digital com um propósito que reforça os princípios e diretrizes do SUS”, explicou.

O diretor de Tecnologia da Informação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Giliate Cardoso Coelho Neto, falou sobre iniciativas digitais adotadas pela rede. “A Ebserh hoje tem uma rede completamente informatizada baseada em um prontuário eletrônico que temos. Hoje ele já está se aproximando dos 4 milhões de acessos por mês. Dentro do acesso, um problema sério que acontece no SUS é o alto grau de faltas, com mais de 60% em algumas especialidades. Vamos automatizar todo o processo de aviso e estudamos a possibilidade de, caso o paciente não possa comparecer à consulta, que ele receba uma espécie de voucher.”

Henrique de Oliveira Miguel, secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), destacou a parceria com a RNP para a inovação tecnológica no país.

“Nossa área de atuação no Ministério trata dos principais temas: inteligência artificial, semicondutores, tecnologias quânticas, comunicações avançadas, segurança cibernética, IOT e indústria 4.0. A RNP está conosco praticamente em todos os segmentos, desenvolvendo atividades conjuntas de pesquisa, desenvolvimento e inovação, além de capacitar e treinar recursos humanos”, disse.

Evolução das redes sem fio para a transformação digital

Em outro debate, os painelistas abordaram os desafios e oportunidades na transição do 5G para o 6G. Eles falaram dos avanços e impactos que essas novas tecnologias trarão a setores como saúde, educação e indústria. O diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi, comentou a ideia de a organização ter uma rede 5G própria.

“Queremos entrar no 5G para estar no 6G em breve. Essa rede vai chegar logo. Os provedores estão enxergando o 5G como uma grande oportunidade para suas operações. A sociedade precisa que eles avancem na oferta de serviços 5G para complementar o que já é oferecido pelas operadoras tradicionais. Nós, da RNP, também queremos oferecer essa operação para atender nossa comunidade de ensino e pesquisa”, ressaltou.

Moderado por Eduardo Tude, CEO da Teleco, o painel contou com a participação de Milton Marcelini, do Instituto Eldorado, e Mauro Periquito, diretor na Kyndryl, que falou sobre os diferentes tipos de redes.

“Enquanto o 2G e 3G eram focados em conectividade sem fio, o 4G trouxe aplicativos e redes sociais. Hoje, tentar usar serviços como Uber ou iFood no 3G mostra a grande evolução que o 4G representou. O 5G, por sua vez, é hiperconectividade, capaz de conectar milhões de dispositivos simultaneamente. Já o 6G terá conectividade em 100% da Terra e em locais que venhamos a habitar fora do planeta”, destacou.

A importância de um líder empático no mundo moderno

O tema liderança também voltou à programação do Fórum neste segundo dia. Marco Fabossi, especialista e autor de livros sobre o tema, mostrou ao público como um líder capaz pode inspirar as pessoas e conduzir equipes na criação de projetos inovadores.

“O principal fator de todas as transformações são as pessoas. Quanto mais rápido, digital, tecnológico, exponencial e ágil o mundo se torna, mais precisamos de líderes que sejam empáticos, inclusivos e que estejam mais próximos das pessoas. É por isso que a humanização da liderança é tão necessária e importante para o mundo em que vivemos hoje. Sem isso, nada vai acontecer”, afirmou.