A RNP passa a oferecer mais um Centro Nacional de Dados (CND) para as instituições de ensino e pesquisa do Sistema RNP, a partir de um acordo de cooperação técnica com a Elea Data Centers, plataforma de data centers sustentáveis com a maior capilaridade do Brasil. A infraestrutura do novo CND está localizada no data center Tier 3 da Elea, em Brasília. Este data center lidera a troca de tráfego da região e opera com 100% de energia renovável. A iniciativa irá ampliar a disponibilidade do serviço de colocation para a comunidade acadêmica. Vai também habilitar novas ofertas e modelos de negócios, possibilitando uma maior capacidade de armazenamento de grandes volumes de dados com segurança e privacidade.
“Os Centros Nacionais de Dados são espaços para a prestação de serviços de forma distribuída em prol das instituições do Sistema RNP. O primeiro serviço disponibilizado é o de colocation, que viabiliza a estruturação de novas ofertas, como armazenamento seguro de dados de larga escala, nuvem híbrida comunitária, Inteligência Artificial (IA) e Computação de Alto Desempenho (HPC, na sigla em inglês). Essa parceria é uma visão estratégica que se consolida, estabelecida com uma empresa de data centers reconhecida pela operação de ambientes altamente especializados e com ações efetivas relacionadas à sustentabilidade energética” afirma Antônio Carlos F. Nunes, diretor de Serviços e Soluções da RNP.
“É extremamente importante termos uma parceria como essa, com uma entidade voltada para a pesquisa e para a área de desenvolvimento. Essa troca de informação e de tecnologia vai ser muito importante para alavancarmos novos negócios e desenvolvermos a área de pesquisa, que é extremamente importante para nosso país”, ressalta Márcia Salomão, diretora de Negócios de Governo da Elea.
Uma das frentes do Programa Conecta do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), os Centros Nacionais de Dados do Sistema RNP recebem recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O primeiro CND foi inaugurado em 2024 em São Paulo no mesmo modelo. A expectativa é a de que o centro em Brasília entre em operação no primeiro semestre deste ano.
“Estamos muito felizes pela parceria com a Elea, que é uma empresa nacional, assim como a RNP. Além de estar presente em todo o país, a Elea está sempre pensando em sustentabilidade. Isso é um tema importante para nós. E hoje já estamos prontos e habilitados para suportar as primeiras instalações de instituições do Sistema RNP que queiram fazer parte dessa infraestrutura”, destaca Luiz Coelho, diretor-adjunto de Gestão de Serviços da RNP.
Plataforma sustentável com a maior distribuição geográfica do Brasil, a Elea tem como um de seus diferenciais o uso de energia 100% renovável e certificada. A Elea conta com nove data centers distribuídos em cinco das principais metrópoles do país, além de capacidade e escala para acomodar as necessidades dos grandes provedores de nuvem, de conteúdo, de serviços e do mercado corporativo.
“Uma das frentes da Elea é levar a tecnologia de ponta e a experiência da alta disponibilidade de data centers premium do mundo para fora do eixo Rio-SP. Temos infraestrutura de TI estado da arte também em nossos sites em Brasília, Porto Alegre e Curitiba”, aponta Gustavo Pereira, diretor de TI da Elea.
Como surgiram os Centros Nacionais de Dados
O projeto dos Centros Nacionais de Dados do Sistema RNP foi iniciado em 2021, quando a RNP identificou a demanda por centros de armazenamento de informações que tivessem abrangência nacional. Em 2022, foi realizado um estudo inicial (RFI – Request For Information), que ajudou a RNP a conhecer os principais players do mercado e a entender melhor o setor.
Em 2023, o projeto avançou como uma das frentes do Programa Conecta, financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Foi realizado o lançamento da chamada para fornecedores (Request For Proposal – RFP) e, no ano passado, entrou em operação o primeiro CND, localizado em São Paulo. A RNP ainda terá um terceiro centro em Fortaleza, no Ceará, com previsão para entrar em operação no segundo semestre de 2025.
Os CNDs são um marco significativo para as instituições acadêmicas brasileiras. Estrategicamente localizados, eles representam a base para a transformação digital e o avanço científico no país, com hospedagem de equipamentos, armazenamento seguro e escalável de dados e movimentação de dados de alto desempenho, além de habilitar o Sistema RNP para aplicações de alto desempenho computacional (HPC) e Inteligência artificial (IA).