O Parque Tecnológico Itaipu (Itaipu Parquetec) foi o palco de uma maratona de inovação e tecnologia. 29 estudantes e profissionais de diversas regiões do país participaram do 3º Hackathon do Hackers do Bem, que aconteceu nos dias 30 e 31 de agosto.
O evento, realizado em parceria com o XXV Simpósio Brasileiro de Cibersegurança (SBSeg 2025) e com apoio técnico da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), desafiou as equipes a desenvolverem soluções para a gestão e priorização de vulnerabilidades em sistemas computacionais, um dos maiores desafios do setor.
Ao longo da maratona de 36 horas, os competidores trabalharam em projetos que simulavam cenários reais enfrentados por analistas de segurança. Com acesso a uma infraestrutura completa e a liberdade para usar diversas tecnologias, as equipes contaram com o suporte de 6 mentores especializados para refinar suas ideias e transformar conceitos em protótipos funcionais. O clima era de alta concentração e colaboração.
“O evento foi fantástico. Conseguimos trabalhar com uma base teórica e uma estrutura prática. E quando você junta indivíduos com concepções diferentes, mas que atuam na mesma área, a criatividade se torna mais espontânea e valiosa. Na equipe que eu estava, por exemplo, tive colegas do Paraguai, de Foz do Iguaçu, Rio de Janeiro, e eu de Belém do Pará. Então temos contextos diferentes, mas um propósito em comum: o desafio e a abordagem. Então, acredito que esses elementos foram diferenciais para desenvolvermos juntos o produto, destaca Reinan Abreu, coordenador do laboratório de inovação, na escola de governança pública no estado do Pará.
Ao longo dos dois dias, foram realizadas oficinas para ajudar na concepção dos projetos. Ingrid Batista, analista de Design Thinking da RNP, mediou a apresentação inicial, que abordou temas como ideação e prototipação do projeto e proposta de valor. Após essa etapa, os participantes começaram a criar suas soluções com base no que aprenderam.
O evento também destacou o papel fundamental da mentoria na formação de novos profissionais. Especialistas do mercado atuaram como guias, ajudando as equipes a superarem obstáculos técnicos e a focarem em soluções de alto impacto.
“O nível técnico dos participantes foi impressionante, pois, nesta edição, os muitos competidores têm formação na área e já atuam no mercado de cibersegurança. E o papel dos mentores técnicos foi direcioná-los na construção das soluções, já os mentores de negócio, utilizando a metodologia do design thinking, aprofundaram conceitos de utilidade para o usuário final, causando reflexão sobre como o público se beneficia com a solução desenvolvida. Isso traz muita riqueza para um evento como o Hackathon”, afirma Ingrid Batista.
Ao final da maratona, os projetos foram apresentados a uma banca avaliadora composta por especialistas em cibersegurança, inovação e desenvolvimento. As equipes vencedoras receberam prêmios em giftcards. A equipe que conquistou o primeiro lugar foi premiada com R$ 5 mil, a segunda com R$ 3 mil e a terceira com R$ 2 mil.
Os times vencedores foram:
1º lugar: Q5 Sentinel – João Ribeiro, Claudio Torres, Ruibin Mei, Davi Campos, Anderson Aparecido do Carmo.
2º lugar: Threat Track – Henrique Botan, Otávio dos Santos, Davyd Samuel, Dan Kiyochi, Paolla Cardoso.
3º lugar: VunO – Guilherme Narde , Reinan Abreu, Hasan Cayed, Ilton Baracho, Hisham Esbier.
A organização, a cargo da RNP e do comitê do SBSeg, celebrou o sucesso do evento como um passo importante para fortalecer o ecossistema de cibersegurança no Brasil.
“O Hackathon de Cibersegurança do Hackers do Bem é um espaço único para revelar talentos e transformar ideias inovadoras em soluções concretas. A energia e a qualidade dos projetos apresentados em Foz do Iguaçu reforçam que estamos no caminho certo para fortalecer a inovação e a cibersegurança no Brasil”, ressalta Michelle Wangham, Diretora Adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento na RNP.
O hackathon é parte do programa Hackers do Bem, uma iniciativa multi-institucional voltada para a formação de recursos humanos especializados em cibersegurança e privacidade. Além da capacitação, o programa também promove ações destinadas a impulsionar o ecossistema de inovação e pesquisa em cibersegurança.