Aprendizado, saúde digital e acesso à internet foram os destaques do primeiro dia do #FórumRNP2021 

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Às 14h desta segunda-feira (22/11), os internautas puderam “apertar o play” e dar início a uma maratona de aprendizados, debates e trocas de experiências em mais uma edição do Fórum RNP. Em sua décima edição e pela segunda vez em formato 100% online e gratuito, desta vez, o evento se uniu aos Congressos Anuais da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS) e da Associação Brasileira de Telemedicina e Telessaúde (ABTms), formando o maior fórum de saúde digital da América Latina.  
 
Para celebrar essa aliança em prol do Desenvolvimento Humano e Saúde Digital – foco desta edição –, a abertura do Fórum RNP 2021 contou com a participação do diretor-geral da RNP, Nelson Simões; do secretário de Empreendedorismo e Inovação no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI); do coordenador nacional da Rede Universitária de Telemedicina (Rute) e presidente da ABTms, Luiz Ary Messina; do presidente da SBIS, Luis Gustavo Kiatake; e da deputada Adriana Ventura, que é autora do Projeto de Lei (PL) 696/2020 que regulamenta a telemedicina no Brasil.  

Na ocasião, o diretor-geral da RNP falou sobre os principais objetivos do evento. “Nesta semana, vamos voltar nosso olhar para o desenvolvimento humano. É um tempo em que pessoas, bem como a saúde e o desenvolvimento delas, são tão importantes. Nós também estamos aqui para aprender sobre tecnologia, educação, pesquisa e como podemos contribuir com uma vida melhor para todos, para as pessoas, para o país. Conectar para educar é o que a RNP tem feito e colaborar para aprender é a chave para o que a gente propõe no Fórum RNP e não apenas entre nós, mas em escala global”, argumentou Nelson.  
 

O poder do aprendizado contínuo  

Na apresentação do primeiro keynote speaker do evento, o holofote foi virado para o processo de aprendizado contínuo ou lifelong learning. Conrado Schlochauer, membro da Novi e autor do livro Lifelong Learners”, destacou o papel primordial da aprendizagem em um mundo que está em constante transformação e explicou como a pandemia nos fez ter a consciência que sabemos aprender a partir de uma postura ativa, diferentemente de como foi durante nossa vida inteira na escola e universidade, onde sempre existia alguém responsável por definir o que, como e quando deveríamos aprender.   

“Aprendizado não é decorar a receita, mas sim fazer o bolo. Temas e assuntos são meios. Performance e habilidades são fins. Precisamos ter uma intenção para definir o que aprender. O mundo mudando rápido e, vivendo mais, temos como o único caminho o processo de aprendizado. Não é à toa que o Fórum Econômico Mundial reconhece o aprendizado ativo e as estratégias de aprendizado como as principais competências para o Brasil nos próximos cinco anos”, ressaltou Conrado. 
 

Desenvolvimento humano e saúde digital  

Tratando o assunto fio condutor do evento, o painel de reitores focou no tema “Desenvolvimento Humano e Saúde Digital” e contou com a moderação da criadora e coordenadora do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad.  
  
O reitor da Universidade Estadual do Amazonas, Cleinaldo de Almeida, iniciou o debate apresentando o exitoso projeto Telessaúde Amazonas, vinculado ao Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, presente em 61 municípios do Amazonas, além da capital, e cinco comunidades indígenas. Com objetivo de levar saúde a áreas remotas do estado, a iniciativa conta com serviços de Teleducação, Teleconsultoria, Telediagnóstico e Segunda Opinião Formativa. O programa reforça que a saúde digital possibilitou levar atendimento a uma população que carece de recursos, com uma celeridade que antes não era possível. O pró-reitor de Saúde da Uerj, Denizar Vianna, contribuiu com algumas reflexões sobre a importância da saúde digital para melhorar o acesso da população à saúde, com qualidade.

“Não temos condições de prover para cada município deste país continental um médico especialista. Podemos avançar em celeridade e em produtividade, conectando um paciente a um profissional com mais facilidade. Esse é um ponto que eu gostaria de destacar de importância da saúde digital, o de prover acesso a esses especialistas”, destacou Denizar.  
 

Política de Inovação em Educação Conectada  

A universalização do direito de acesso à internet está em pauta e significa defender políticas públicas de inclusão que garantam acesso à internet permanente, seguro, confiável e de qualidade para todos. No Brasil, o Governo Federal está desenvolvendo a Política de Inovação Educação Conectada (PIEC), para promover o uso de tecnologias digitais em atividades pedagógicas na educação básica. A iniciativa é coordenada pelo Ministério da Educação (MEC) e tem a RNP como executora do projeto, em fase piloto, em parceria com estados, municípios e provedores regionais.   

O tema foi abordado em painel no primeiro dia do Fórum, com moderação do gestor do projeto na RNP, Andrei Amaral; e participação de Álvaro Carneiro, da Secretaria de Educação Básica (SEB) do MEC; do secretário de Educação de Caruaru (PE), João Paulo Cepa; e do diretor-adjunto de Relações Institucionais da RNP, Gorgonio Araújo. “Não conseguimos falar de uma escola do século 21 sem democratizar o acesso à internet dentro da escola”, afirmou Cepa.  
 

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