Em fevereiro deste ano, a Comunidade Acadêmica Federada (CAFe) alcançou o marco de 100 clientes na categoria de provedores de identidade, após quatro anos de lançamento e operação contínua, consolidando a CAFe como a principal federação de identidade entre as redes acadêmicas da América Latina.
“A relevância desse número se torna mais clara quando consideramos que cada instituição normalmente tem mais de mil pessoas vinculadas, entre professores, alunos e funcionários administrativos. Estamos, portanto, falando de centenas de milhares de usuários potencialmente beneficiados pelas facilidades que a federação oferece no acesso a serviços web”, esclarece o gerente do serviço Jean Carlo Faustino.
Esse sucesso está diretamente relacionado ao aumento da oferta de serviços federalizados. Tudo começou, em 2012, com o portal de periódicos da Capes e hoje se estende para a maioria dos serviços da RNP, além de outros oferecidos por organizações usuárias e instituições internacionais.
O investimento na melhoria contínua do processo de adesão e homologação do serviço também foi fundamental. “O trabalho conjunto entre diferentes equipes da RNP – as gerências de Relacionamento com Clientes, Tecnologia da Informação, Service Desk e a de Serviços, além do apoio de fornecedores, foi primordial na conquista de tantos clientes”, ressaltou o gerente do serviço.
Outro ponto importante foi a implementação da governança participativa, que conta com um Comitê Assessor, que auxilia na avaliação de regras de funcionamento da federação, e um Comitê Técnico, que apoia o desenvolvimento e o debate sobre as tecnologias utilizadas.
“O número, de fato, representa um marco, mas ainda há muito o que fazer”, afirma Faustino. Atualmente, 80% dos Institutos Federais (IFs) no Brasil já estão na CAFe. Porém, o objetivo é ter todos eles na federação e replicar o mesmo cenário para as universidades públicas e institutos de pesquisa.
Além das 100 instituições clientes na categoria de provedores de identidade, a federação possui 24 serviços específicos que são oferecidos mediante o uso das mesmas credenciais para autenticação, uma das características essenciais da federação. A expectativa é que esse número também cresça ao longo deste ano.
Tendência internacional
A implementação de serviços de autenticação federada já era uma tendência em países da Europa e nos Estados Unidos. “Chegar a 100 instituições clientes significa que o conceito de acesso federado foi aceito, deu certo no Brasil. O que se entendia como uma tendência, se tornou realidade no plano acadêmico”, finaliza Jean Carlo Faustino.