A RNP firmou uma parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) para armazenar dados científicos coletados pelo projeto Museu da Floresta, uma iniciativa bilateral entre o Brasil e a Universidade de Kyoto, no Japão. Com o financiamento da Agência de Cooperação Internacional Japonesa (Jica-Brasil), o projeto dedica-se, entre outras frentes, a monitorar dados do ecossistema para estudos sobre a biodiversidade amazônica.
O grande volume de informações geradas será armazenado no Centro de Dados Compartilhados (CDC) de Manaus, abrigado no Inpa e operado pela RNP, com uma demanda média de 1 Terabyte por mês. Em troca, o instituto custeará o consumo de energia do datacenter.
Um dos projetos que terá os dados abrigados no CDC é o Acoustic phenology and soundscape diversity in lower Rio Negro, que instalou microfones submersos na região de Novo Airão, no baixo Rio Negro, para registrar sons subaquáticos, analisar e monitorar esse ecossistema. A migração de cardumes, deslocamento de barcos, entre outros eventos biológicos e humanos, são alguns dos fenômenos aquáticos registrados.
Segundo o coordenador substituto de Ações Estratégicas do Inpa, Laurindo Campos, essas informações servirão como um grande banco de dados para pesquisadores no Brasil e no exterior. “A parceria com a RNP é fundamental, pois o uso dessa infraestrutura permitirá que pesquisadores estrangeiros tenham acesso a dados científicos armazenados no Brasil. Assim, estamos atraindo uma série de outros projetos que necessariamente passariam pela governança de dados do CDC”, declarou o gestor do Inpa.