Compartilhar boas práticas e informações sobre cuidado, vigilância, pesquisa e combate vetorial ao Aedes aegypti. Esse é o principal objetivo do SIG Enfrentamento ao Aedes Aegypti e Doenças Causadas pelo Vetor, criado recentemente pela Rede Universitária de Telemedicina (Rute), iniciativa coordenada pela RNP que apoia, implanta e incentiva projetos em telemedicina e possui 57 Grupos de Interesse Especial (em inglês, SIGs) em várias especialidades e subespecialidades.
De acordo com o coordenador técnico da Rute, Thiago Lima, a ideia de criar este SIG surgiu assim que o assunto veio à tona no país, no segundo semestre de 2015. “Nossa equipe começou a perceber a crescente necessidade de ter um grupo que tratasse desse assunto na rede. Quando nosso coordenador nacional (Luiz Ary Messina) começou a levantar possíveis interessados no Ministério da Saúde, a Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) já estava programando a criação do SIG. Neste sentido, a coordenadora do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, Thaís Matos, e Tiago Bahia Fontana prosseguiram no desafio e a proposta foi adiante”, ressaltou Lima.
O grupo tem como foco debater os eventos agudos relacionados à Dengue, Zika e Chikungunya e consequências da infecção congênita por Zika, como a microcefalias e outras más-formações, incentivando a vigilância em saúde e o desenvolvimento tecnológico, educacional e científico. “O objetivo é mobilizar profissionais e gestores do SUS, comunidade universitária e hospitais de ensino do país, para qualificar o enfrentamento a situação de emergência pública que o país está atravessando”, destacou a coordenadora do SIG, Thaís Matos.
Os encontros mensais contam com uma apresentação inicial sobre o tema previamente acordado, seguida de uma reflexão sobre a temática para ressaltar pontos importantes e formular questões de interesse tanto do assunto apresentado, como do público participante. As reuniões são abertas para participação de pesquisadores, alunos de graduação, residência, especialização, professores, profissionais de saúde, entre outros, que podem interagir por meio de perguntas, intervenções, contribuições.
A primeira sessão, que ocorreu em maio deste ano, abordou o tema ‘Diretrizes para o cuidado especializado com crianças com microcefalia’ e contou com a participação de 46 pessoas de dez estados. “Houve a apresentação da ação interministerial, composta pelo MS e o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, intitulada ‘Estratégia de Ação Rápida para o Fortalecimento da Atenção à Saúde e da Proteção Social de Crianças com Microcefalia’. A iniciativa fortalece a atuação de estados e municípios na identificação e manejo de casos suspeitos e confirmados de microcefalia associada à infecção pelo vírus Zika”, ressaltou Matos. Ao final, foram apresentados os resultados preliminares da ação e seu impacto sobre o número de casos esclarecidos.
Papel da Rute em unir tecnologia e saúde
A Rute estimula a integração e colaboração entre profissionais de saúde. Por meio dos SIGs, são promovidos debates, discussões de caso, aulas de Ensino a Distância (EaD) e diagnósticos a distância. Grande parte desta interação e atuação integrada se dá pela plataforma de vídeo colaboração. O principal benefício proporcionado pelo trabalho colaborativo via plataforma tecnológica é a superação das distâncias. Saiba mais sobre a rede no site http://rute.rnp.br/.
Serviço
SIG Enfrentamento ao Aedes Aegypti e Doenças Causadas pelo Vetor
Encontro: Terceira sexta-feira de cada mês
Horário: 14h30
Webconferência: http://webconf2.rnp.br/rutesigenfrentamentoaoaedes
Grupo aberto: Participação por adesão espontânea de interessados, controlada pelo coordenador do SIG
Perfil do participante: alunos de graduação, residência, especialização, mestrado ou doutorado; pesquisadores; professores; profissionais de saúde, engenharia, tecnologia, informática em saúde e telessaúde, gestores do SUS.