Internet Brasil: rumo à inclusão digital

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A importância da transformação digital nas escolas de todo o país ficou ainda mais evidente com a pandemia da Covid-19. Em um Brasil de tantas disparidades sociais e regionais, o acesso à internet ainda é realidade distante para muitos municípios. A RNP está à frente de um programa inovador, com o objetivo de promover a inclusão digital ao levar conexão em banda larga móvel gratuita a estudantes de baixa renda matriculados na educação básica da rede pública de ensino.

Para dar início ao Programa Internet Brasil, uma Prova de Conceito (espécie de projeto-piloto) começou este mês em 15 escolas de seis cidades da região Nordeste: Caicó (RN), Campina Grande (PB), Caruaru (PE), Juazeiro (BA), Mossoró (RN) e Petrolina (PE). O acesso à internet se dará por meio da distribuição de chips com pacotes de dados de até 20GB. O benefício é destinado aos alunos cujas famílias estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais, o CadÚnico.

“A RNP vem atuando em diversas iniciativas que viabilizam a democratização do acesso de alunos e professores. Alinhado aos objetivos estratégicos da organização, temos a preocupação de executar as políticas públicas com a maior sinergia, potencializando os seus resultados”, explica o diretor de Serviços e Soluções da RNP, Antônio Carlos F. Nunes.

Sobre o Internet Brasil, Nunes ressalta o impacto que o acesso móvel deverá ter nas dinâmicas de aprendizado. “O celular com um pacote de dados adequado permite que alunos acessem os conteúdos educacionais de qualquer lugar, viabilizando uma maior mobilidade”, afirma ele.

As 15 escolas que participarão da Prova de Conceito já fizeram a adesão junto a suas secretarias. Em breve, os gestores das escolas poderão acessar o portal do Internet Brasil e solicitar o benefício para os alunos que cumpram com os pré-requisitos do programa e tenham interesse em obter o chip de dados móveis. Até 10 mil alunos devem ser beneficiados nessa primeira etapa.

Quem poderá ganhar um chip de banda larga

Para ser elegível ao programa fomentado pelo Ministério das Comunicações (MCom), com apoio do Ministério da Educação (MEC) e executado pela RNP, é preciso atender a todos os critérios abaixo:

  • Ser aluno da educação básica a partir do 3º ano na rede pública de ensino e estar cadastrado no CadÚnico;
  • Ter acesso a um celular (próprio ou de alguém da família);
  • Não ter um chip de outros programas do governo.

Antônio Carlos F. Nunes ressalta que, de acordo com levantamento anual divulgado pela FGV, o Brasil tem atualmente mais de um aparelho celular inteligente por habitante. “Segundo levantamento anual divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)*, o Brasil tem atualmente mais de um aparelho celular inteligente por habitante. Desta forma, partimos do princípio de que ao menos um representante da família poderá ter um aparelho, porém ainda havendo a barreira da conectividade. Assim, um pacote de dados adequado que viabilize o acesso permitirá que esse aluno possa ser incluído digitalmente para dar continuidade aos seus estudos”.

Tecnologia inovadora

Os chips entregues aos estudantes serão neutros. Isso significa que a RNP poderá definir, de maneira remota, a operadora de internet a ser utilizada em cada celular. O objetivo é garantir, assim, que cada aluno esteja sempre conectado às redes 3G e 4G mais eficientes de cada região.