Matéria atualizada em 10/11/2020
Disponibilizar internet gratuita para estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica matriculados em instituições da rede federal de todo o país. Esse é o objetivo do Projeto Alunos Conectados do Ministério da Educação (MEC) que começou a ser concretizado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Com a ação, nesse cenário de pandemia, será possível retomar as atividades acadêmicas de forma remota e esses estudantes poderão ter acesso aos conteúdos educacionais oferecidos pelas instituições onde estudam. Mais que isso: o projeto contribui para democratizar o acesso à educação, impulsionar a inclusão digital e diminuir as desigualdades no acesso a Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), principalmente em áreas mais afastadas dos grandes centros, onde a oferta de internet ainda é incipiente.
Essa missão começou a se transformar em realidade: nas últimas semanas, 37.665 chips foram entregues em 51 universidades federais e instituições da rede federal de educação profissional científica e tecnológica em todo o país, do Acre ao Rio Grande do Sul. Assim que chegam às instituições, os chips são desbloqueados pelas operadoras e direcionados aos estudantes de baixa renda a quem pertencem pelas instituições de ensino solicitantes. É apenas o começo: nos primeiros seis meses, a medida pretende beneficiar, cerca de 400 mil alunos, priorizando aqueles cuja renda familiar mensal seja de até 0,5 salário mínimo.
Com o apoio do Governo Federal, esses estudantes poderão utilizar o serviço de banda larga em seus domicílios, por meio de pacotes de dados móveis (4G). Assim que os alunos receberem, os chips estarão aptos para serem usados e esses estudantes podem usufruir do benefício ao longo do semestre, sem quaisquer bloqueios de navegação. A carga inicial de franquia dos chips é de 20 GB, com renovação todo dia 30 de cada mês. O número de chips enviados para cada instituição foi estabelecido em função da necessidade informada por elas ao Ministério da Educação. A única regra determinada pelo MEC é que as universidades não podem estar com as aulas suspensas ou sem previsão de retorno.
Para o projeto Alunos Conectados, a RNP atua apoiando o Ministério na coordenação do convênio para a contratação de operadoras que forneçam planos de dados móveis.
Uma das instituições que já recebeu os chips solicitados foi a Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Na sexta-feira (9/10), 2.342 unidades foram entregues na instituição e encaminhadas aos estudantes aptos ao benefício. O Prof. Dr. Leonardo Silva Soares, pró-reitor de Assistência Estudantil da Universidade comenta: “Quando soubemos do Projetos Alunos Conectados, montamos um comitê técnico multisetorial para atender a todas as demandas da RNP/MEC, porque sabíamos que a disponibilidade dos chips seria fundamental para garantir a conectividade dos nossos discentes com condição socioeconômica vulnerável. Lançamos edital específico, selecionamos os alunos e agora estamos entregando os chips. Estamos muito felizes em ter concluído este processo e agradeço toda a equipe do MEC/RNP que sempre deram total apoio a todas as demandas da Universidade Federal do Maranhão”.
Os chips foram fundamentais para estudantes como o Matheus de Souza Cardoso, que cursa o primeiro ano de Engenharia Química na UFMA. “Quando cheguei na UFMA, minha expectativa era grande por ser uma Universidade pública e federal, além de ser uma oportunidade muito especial para mim e minha família. Porém, veio a pandemia e, com isso, a paralisação das aulas. Desde o início, a UFMA se esforçou para retornarmos as aulas mesmo que on-line para que nós alunos não fossemos prejudicados. Disponibilizaram alguns auxílios, entre eles o tablet, ao qual eu fui um dos beneficiados. E agora com o Chip está sendo excelente, pois eu já consigo acompanhar as aulas, já fiz até prova e baixei um livro da minha área para conseguir estudar. Eu sinto que estou na Universidade, tendo aula de qualidade e com o contato virtual que vem sendo aprimorado cada vez mais pelos professores. Na minha opinião, esses Chips precisam ser entregues em todo o Brasil, para que mais estudantes tenham acesso a informação e educação”, argumenta o jovem.
Fonte: Ministério da Educação (MEC)