Durante a década de 1990, RNP e Embrapa estabeleceram uma parceria que foi formalizada em 2012 e se perpetua até hoje. Por isso, não poderíamos deixar passar em branco um momento tão importante como o aniversário de 50 anos de nossa parceria de longa data!
Para celebrar essa data especial, convidamos o diretor-geral, Nelson Simões, para falar sobre os principais marcos da cooperação e os benefícios gerados para ambas as partes.
“Não resta dúvida que o percurso da RNP deve muito à Embrapa, especialmente em Campinas, naqueles primeiros anos de projeto. Depois, com nosso amadurecimento institucional, foi possível à RNP retribuir e colaborar também com a Embrapa. Acho que, hoje, a apoiamos em muitas iniciativas e momentos”, afirma Nelson.
Confira a entrevista completa!
A Embrapa completa 50 anos de fundação. Podemos dizer que parte expressiva da história da instituição foi construída com o apoio da RNP, que iniciou as primeiras parcerias em projetos ainda na década de 1990. Como o senhor enxerga a atuação da RNP para a evolução da Embrapa, tanto do ponto de vista corporativo, como do ponto de vista de produção de ciência, tecnologia e inovação para o País?
NELSON: Uma parte importante do papel da Embrapa em que a RNP auxiliou foi a integração de seus centros de pesquisa, geralmente localizados em áreas mal servidas de conectividade. A iniciativa de Redes Comunitárias foi importante para isso, pois criamos um modelo que permitiria a esses centros integrarem-se em fibra óptica por meio desse consórcio de instituições locais. Portanto, eles fortaleceram os vários consórcios se formando nas capitais e em polos do interior e nós conseguimos integrar centros que estavam muito fragilmente atendidos, em muitos casos por satélite. Lembro da minha visita ao centro de Boa Vista há anos. Aqui em Brasília, tinha o Cenargen, que sempre utilizou recursos intensos de TIC para pesquisa genética, muito próximo da RNP. Mas tinha também Cerrados e Hortalíças, um na saída Norte e outro na saída para Goiânia, distantes. Hoj, a Gigacandanga, a Redecomep brasiliense estendeu seus serviços em todo o quadradinho. Essa visão de que RNP e Embrapa se complementam e se apoiam é algo fundamental para que os resultados da pesquisa de alto nível desses centros sejam impulsionados. O país ganha com o conhecimento e a riqueza gerada e com toda a qualificação de serviços digitais do Sistema RNP que se fortalece na parceria.
Nos últimos dez anos, a RNP avançou na cooperação com a Embrapa. Entre as ações já realizadas, destacam-se a oferta de acesso à internet em alta velocidade para as unidades descentralizadas, o uso de computação em nuvem, implantação de serviços avançados e capacitação de profissionais. Hoje, RNP e Embrapa seguem para uma fase ambiciosa: alavancar a área de P&D por meio da construção de uma TI alinhada ao atendimento de demandas de alto desempenho. Como o senhor avalia esse novo momento da parceria?
NELSON: As demandas exigentes de computação e comunicação da Embrapa são consequência natural do alto nível da pesquisa que realizam. Portanto, temos juntos o interesse de preparar e oferecer ambientes de experimentação e uso de tecnologias de informação para apoiar essa agenda de P&D. O grau de inovação da pesquisa agropecuária brasileira, aliada à capacidade da RNP tornar segura e previsível o uso de recursos digitais, está dirigindo essa nova cooperação. Esperamos integrar centros de computação de alto desempenho, centros de dados entre várias organizações que utilizam seus serviços no Brasil. Junto com outros Centros Nacionais, RNP e Embrapa formarão uma rede especial para suporte à transmissão e armazenamento seguro e processamento em âmbito nacional. Esperamos aprender e construir junto com os especialistas de tecnologia da Embrapa esse ambiente para a integração de vários grupos de pesquisa no Brasil e no exterior.
Do ponto de vista de negócios para a RNP e também de ciência para o País, como o senhor vê a participação da Embrapa no Sistema RNP?
NELSON: A Embrapa está ativa em muitas ações no Sistema RNP. Somos parceiros em iniciativas de TIC, mas também de dados abertos, de comunicação social, em capacitação, entre outras.
Qual mensagem o senhor gostaria de deixar a todos os funcionários e cientistas da Embrapa nesse aniversário de 50 anos?