Startup nascida na universidade amplia acesso à internet com soluções desenvolvidas em parceria com a RNP
A busca por conexões mais estáveis e eficientes deu origem a uma trajetória de inovação que nasceu na universidade e já chega ao mercado corporativo. De um projeto acadêmico dentro da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), surgiu uma tecnologia capaz de transformar a forma como provedores de internet gerenciam suas redes. Essa é a história da Anlix, empresa especializada em gerência, automação e monitoramento de redes, que encontrou na RNP uma parceira fundamental para crescer e expandir suas tecnologias.
Em 2018, um provedor de internet do interior do Rio de Janeiro procurou os pesquisadores e alunos de pós-graduação da UFRJ em busca de uma solução para gerenciar remotamente a conexão dos clientes e reduzir o envio de técnicos às residências. A equipe desenvolveu um firmware para roteadores residenciais, que já permitia o monitoramento e controle da rede à distância. A solução deu origem ao primeiro produto da Anlix e ao início de uma jornada empreendedora que uniu ciência e inovação por uma demanda de mercado.
Com o tempo, os provedores passaram a investir também em redes móveis privadas, e a companhia decidiu ampliar seu escopo de atuação. Foi nesse momento que a parceria com a RNP se tornou decisiva. A Anlix participou do programa OpenRAN@Brasil, que incentiva o uso de redes abertas e interoperáveis, usando os ambientes de testes da RNP para desenvolver seu primeiro produto voltado a redes móveis: a gerência de roteadores FWA.
“A ajuda da RNP por meio dos testbeds e da troca de conhecimento técnico foi essencial para a evolução dos nossos produtos e para essa convergência entre redes fixas e móveis”, afirma Gaspare Bruno, cofundador da Anlix.
Segundo o executivo carioca, a RNP foi determinante para que a empresa pudesse testar, validar e aprimorar suas soluções em um ambiente técnico de alto nível, algo fundamental para competir em um mercado dominado por grandes fornecedores internacionais. “O acesso a novas tecnologias, como o OpenRAN, costuma ter um custo elevado no início. A disponibilização dessa tecnologia nos testbeds da RNP é fundamental para colocar qualquer empresa em posição de competição, inclusive internacional”, explica.
Gaspare também destaca o papel da instituição como ponte entre a academia e o mercado. “As universidades brasileiras geram tecnologias de ponta, muitas vezes
superiores às internacionais. A RNP está em uma posição estratégica para facilitar essa transferência e colocar essas soluções no mercado”, afirma Gaspare.
O amadurecimento dessa parceria ficou evidente na Futurecom 2025, maior evento de tecnologia e telecomunicações da América Latina. A Anlix participou do estande coletivo do programa OpenRAN, coordenado pela RNP, onde apresentou suas soluções em redes autônomas e inteligentes. A presença no evento consolidou o papel da startup como uma das principais representantes do ecossistema nacional de inovação em redes abertas.
De acordo com Gaspare, a Anlix vive momento de expansão tanto no Brasil quanto no exterior, e busca se consolidar como nas áreas de redes Autônomas e redes abertas. O cofundador da Anlix enxerga a parceria com a RNP como uma via de mão dupla, que impulsiona o crescimento da empresa e fortalece o ecossistema tecnológico nacional.
“A RNP é um grande parceiro nessa trajetória, mas também vejo a Anlix como um parceiro para a RNP, levando conhecimento de mercado e ajudando outras startups a crescerem. Juntos, podemos colocar o Brasil como um grande exportador de tecnologia”, conclui.
Na imagem, Gaspare Bruno apresenta a Anlix no estande do OpenRAN@Brasil na Futurecom 2025