Nova tecnologia para enriquecer as aulas

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Criada por uma parceria entre a RNP e a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), uma nova ferramenta tecnológica permite a criação e exibição colaborativa de conteúdo multimídia interativo, para uso em salas de aula e ensino a distância. Trata-se da VoA, Ferramenta Multimídia para Criação de Vídeos como Objeto de Aprendizagem, tecnologia protegida por programa de computador no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), em maio de 2015.

As ferramentas tecnológicas têm se mostrado eficazes no ensino, auxiliando a relação entre professor e aluno, além de tornar o processo de aprendizagem mais atrativo. Entretanto, criar conteúdos elaborados para uso educacional costuma demandar tempo e mão de obra especializada – como programadores, designers, pedagogos e professores, o que gera alto custo de produção. A ferramenta VoA procura minimizar estes fatores limitantes e permite que os próprios educadores sejam autores de suas aulas multimídias.

No interior do Maranhão, na cidade de Urbano Santos, o professor Carlos de Salles, da UFMA, apresentou aos educadores do Ensino Fundamental a nova tecnologia. Salles e mais três membros do grupo que desenvolveu a VoA se surpreenderam com o resultado do material produzido pelos 12 professores maranhenses. “A ferramenta atingiu muito bem o propósito para o qual foi criada, que é utilizar a capacidade criativa dos professores no desenvolvimento dos próprios conteúdos”, ressalta o professor.

A tecnologia permite ao educador enriquecer o conteúdo com imagens, áudios e textos, de maneira intuitiva. O projeto ainda prevê que, no futuro, os vídeos produzidos possam ser editados por outros usuários, em um processo colaborativo de produção de conteúdo multimídia.

A ferramenta VoA foi desenvolvida no Programa de Grupos de Trabalho da RNP, uma parceria da organização com a comunidade científica. E essa experiência foi tão bem sucedida, que os alunos de mestrado do professor Carlos de Salles, que ajudaram a desenvolver o projeto, já incubaram uma nova empresa de base tecnológica, a Mediabox. Por meio de um contrato de licenciamento, em consonância com a Política de Propriedade Intelectual da RNP, foi concedido à Mediabox o direito de uso e exploração da tecnologia para fins comerciais. A startup deverá comercializar a ferramenta como produto (bem ou serviço), gerando indicadores de inovação, emprego e renda, além de manter a tecnologia em constante evolução.