Encerrando as discussões de saúde do primeiro dia de evento, o Fórum RNP trouxe uma demonstração de uso de 4K na área médica. O SIG de TeleDermatologia da Rede Universitária de Telemedicina (Rute) realizou, pela primeira vez, uma transmissão ao vivo com compressão, de um procedimento de biópsia de pele no Hospital Universitário de Brasília (HUB), ocupando menos de 1 Gb/s de largura de banda da rede.
O Dr. Ciro Gomes, do HUB, conduziu o exame. A transmissão foi autorizada previamente pelo paciente, com suspeita de leishmaniose tegumentar americana. “Para esse tipo de procedimento, a câmera é muito poderosa”, afirmou o médico.
Para a professor de Dermatologia do HUB, Raimunda Nonata Ribeiro Sampaio, “a grande arma do dermatologista é olhar e, se essa arma for ampliada, vai nos ajudar muito”. “O médico trata convenientemente se tiver certeza do diagnóstico. No caso da leishmaniose, a medicação é extremamente tóxica para o coração, os rins. Então, o profissional deve ter certeza do diagnóstico”, detalhou.
O gerente da RNP, Leandro Ciuffo, e o professor e pesquisador do Laboratório de Aplicações de Vídeo Digital (LAVID) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Guido Lemos, explicaram que o desafio agora é a transmissão de imagens 4K comprimidas, para viabilizar o emprego em hospitais que não disponham de tanta capacidade de rede.
“Com compressão, perdemos qualidade. Precisamos avaliar qual a capacidade de imagem necessária e desenvolver a engenharia do produto para os hospitais operarem o 4K com autonomia”, explicou Guido.
Segundo o pesquisador, “o 4k é importante para a segunda opinião médica e, agora, como os cinemas estão se digitalizando, podemos ter a integração do nosso projeto com iniciativas da cultura, colocando uma sala em 4K em cada cidade, com o apoio do MinC (Ministério da Cultura)”. “Com um investimento pequeno, chegamos ao estado da arte mundial em projetos de visualização”, garantiu.