O R1T1, primeiro robô de telepresença desenvolvido no Brasil, roubou a cena na sessão sobre mobilidade, no segundo dia do III Fórum RNP. Desenvolvido por uma startup nacional, a DMS Company, o robô está sendo testado desde o início de 2014 no Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM).
Segundo o coordenador do Núcleo de Telemedicina e Telessaúde do HUM, Paulo Roberto Donadio, o robô de telepresença passou a ser utilizado em consultas, na interação com pacientes da pediatria ou do ambulatório, na visita ou discussão de casos nas diferentes enfermarias e na aproximação entre pacientes e familiares com histórico de longos períodos de internação.
Para Donadio, além de estabelecer contato a distância, o robô faz sucesso com as crianças por seu aspecto lúdico. “Por isso, ele está sendo usado em terapia, principalmente pelos Médicos da Alegria, que interagem com os pacientes através do robô”, comentou.
Já o coordenador do Project Robot, da DMS Company, e desenvolvedor do R1T1, Antonio Henrique Dianin, explicou que o robô pode se conectar a qualquer dispositivo remotamente e que está equipado com sensores que o auxiliam a formar uma imagem tridimensional e identificar objetos próximos. “O robô foi projetado para ter a sensação física de uma pessoa, com a mesma estatura, largura e forma de se locomover. Tudo isso culmina em uma tecnologia mais espontânea, mais natural”, afirmou.
Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) participaram da sessão remotamente através do robô, entre eles a coordenadora do Núcleo de Pesquisa Clínica do HUM, Sandra Bin. Para ela, a experiência no hospital tem superado as expectativas. “A interação com os pacientes e a perspectiva de atividades futuras são muito grandes. Com os pacientes de longa permanência na internação, o robô tem facilitado o contato externo com os familiares”.
A DMS Company anunciou que pretende lançar 100 robôs de telepresença no mercado, não só para atender o setor hospitalar, mas também outros segmentos. “Hoje o robô não é simplesmente uma unidade de telepresença. A plataforma dele é flexível e aceita diversos softwares. Estamos estudando a sua integração com outros equipamentos, como o ultrassom”, revelou Antônio Henrique Dianim.