Programa Conecta interioriza comunicação segura e de alta capacidade para ensino e pesquisa 

Home 9 Institucional 9 Programa Conecta interioriza comunicação segura e de alta capacidade para ensino e pesquisa 

Interiorizar uma rede de comunicação para ensino e pesquisa segura e de alta capacidade gera conexão e oportunidade de desenvolvimento social. Por isso, a RNP está trabalhando atualmente para implementar o programa Conecta, que visa conectar diversas cidades afastadas das grandes capitais com uma rede de comunicação, armazenamento e processamento de dados de alto desempenho.

O objetivo é que essa infraestrutura, considerada fundamental para o desenvolvimento de pesquisas que necessitam processar um grande volume de dados, atenda a pesquisadores e demais “mentes pensantes” de todo o país, estejam eles em grandes centros ou em regiões mais remotas.

“A RNP já tem uma rede robusta, a rede Ipê, que é a principal rede de transmissão de dados usada pela comunidade acadêmica brasileira, conectando universidades, centros de pesquisa e instituições de ensino por meio de infraestrutura de fibra óptica que permite conexões mais rápidas e acesso à internet de alta velocidade. Estamos constantemente trabalhando para melhorar a capacidade dessa rede. Agora, com o programa Conecta, nosso foco é a interiorização: levar os benefícios e a capacidade da rede Ipê para o máximo de cidades possível, alcançando localidades que carecem de uma infraestrutura segura e robusta para a produção de conhecimento”, destaca o diretor-geral da RNP, Nelson Simões.

O grande diferencial da nova fase de ampliação e interiorização da rede Ipê é já pensar nesse desenho de crescimento aliado a um processo contínuo de cuidado com a privacidade de dados e a segurança cibernética. Isso gera uma necessidade de especialização e de qualificação de diversos profissionais das instituições que integram o Sistema RNP e que serão beneficiadas por esse programa.

“A RNP atua na implementação dessa infraestrutura, por meio de parcerias, e também na capacitação constante das áreas técnicas de cada instituição beneficiada pelo programa, que precisam ter acesso a metodologias, processos e sistemas que as ajudem a manter nossa infraestrutura segura”, complementa Simões.

O Ministério de Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI) investe nesse programa, pois acredita que é necessário dedicar recursos para integrar as “mentes pensantes” do Brasil, a fim de estimular cada vez mais a produção de conhecimento e a colaboração nacional e internacional. “A inclusão digital é uma política pública estruturante para o nosso projeto nacional de desenvolvimento. Não se pode pensar em enfrentar a desigualdade na era digital sem garantir conexão para o aprendizado e a pesquisa. Nesse sentido, a RNP tem sido fundamental”, afirma a ministra Luciana Santos.

Conheça as linhas de ação do Programa Conecta

Infovias para educação e pesquisa

Esta frente do programa foca em ampliar a capacidade da rede Ipê, tendo por premissas a interiorização, a escalabilidade e a segurança. “O programa vai implantar infovias para ampliar a abrangência, a qualidade e a segurança da conectividade para educação e pesquisa no país, garantindo que os nossos cientistas – mesmo dos lugares mais remotos – possam estar conectados e desenvolver bem seus trabalhos”, detalha a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Além de aumentar a capacidade de conexão dos trechos já existentes, o programa vai implementar 19 infovias estaduais e 79 novas redes metropolitanas, possibilitando o avanço expressivo para o interior dos estados. Isso é possível graças a parcerias com empresas de transmissão de energia e provedores de internet, ou por permuta em trechos de longa distância, que são conexões interurbanas da rede Ipê, em parceria com os governos estaduais e proprietários de infraestrutura.

A RNP já iniciou os processos de construção de 18 infovias, entre elas Rio Grande do Norte, Bahia e Paraná.

Também está prevista a ampliação da rede de e-Ciência, destinada a centros de pesquisa que precisam de alto poder de processamento, análise, transmissão e armazenamento de grandes volumes de dados científicos. A rede oferece uma velocidade mínima de 100 Gb/s.

A rede de e-Ciência é exclusiva para supercomputadores, laboratórios multiusuários e outras infraestruturas de pesquisa avançada, além de contar com mais segurança, pois as conexões funcionarão como um túnel de alta velocidade entre pares de instituições com demandas de transferência massiva de dados entre si.

Atualmente, cinco centros de pesquisa já participam da rede. Seis outros centros foram selecionados recentemente por meio de processo aberto, e mais seis instituições serão incluídas em 2025. A meta é conectar à rede de e-Ciências essas 12 novas instituições até 2026.

Armazenamento e Segurança Cibernética

Os projetos previstos nesta linha de ação estão diretamente ligados às infovias e à rede de e-Ciência. Um deles inclui firmar acordos de cooperação com provedores nacionais de centros de dados privados, criando os Centros Nacionais de Dados (CNDs) do Sistema RNP para oferecer instalações especializadas, seguras e escaláveis, em território nacional. O objetivo é hospedar, armazenar, processar e disponibilizar com segurança e privacidade grandes volumes de dados científicos e tecnológicos. Os CNDs se conectam diretamente à rede Ipê e à rede de e-Ciência, sendo parte integrante dessa infraestrutura nacional.

Novos serviços serão habilitados a partir dos CNDs: colocation estratégico, armazenamento seguro, implantação de repositórios institucionais abertos de pesquisa, nuvem comunitária, uso inovador de plataformas de IA, entre outros. Assim, será possível apoiar a educação e a pesquisa das instituições integrantes do Sistema RNP, além de colaborar diretamente com o avanço científico e tecnológico para o desenvolvimento nacional.

O primeiro Centro Nacional de Dados do Sistema RNP já em operação está localizado em São Paulo e é fruto de um acordo com a Scala Data Centers, assinado em 25 de abril. Para o CND de Brasília, foi assinado recentemente acordo com a empresa Elea. Ainda há previsão da estruturação de um novo centro em Fortaleza (CE).

Como destaca o diretor-geral da RNP, o grande diferencial do Programa Conecta é ter todos esses projetos apoiados por um novo modelo de segurança cibernética, que vai além do tratamento de incidentes. O novo modelo atua de forma articulada e preventiva, com o objetivo de identificar e tratar antecipadamente fragilidades e vulnerabilidades dos projetos.

O Centro de Inteligência em Segurança da RNP, o CAIS, é responsável por liderar essa frente. Para isso, conta com o apoio do Centro de Operações de Segurança (SOC – Security Operation Center). O SOC está localizado em Brasília e atende a todo o Sistema RNP. É formado por um time especializado e altamente capacitado, por sistemas e outros artefatos que monitoram e respondem em tempo real a ciberameaças, zelando pela segurança do Sistema RNP.

Com a interiorização promovida pelas infovias estaduais e a expansão da rede de e-Ciência, serão necessários mais braços para garantir a segurança desse sistema ampliado. É por isso que, dentro do planejamento do Programa Conecta, está prevista a implementação de mais cinco SOCs regionais, capazes de apoiar as instituições de determinadas localidades com a mesma velocidade e expertise do SOC localizado em Brasília.

O Conecta é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e será executado pela RNP com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), que faz parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.