A RNP tem buscado novos caminhos para a construção de redes ópticas em parceria, que irão expandir o alcance da rede acadêmica e beneficiar um número cada vez maior de pessoas. O projeto da Infovia Potiguar, segunda rede construída de forma conjunta com governos estaduais e provedores, traz uma inovação: a parceria com concessionárias de energia elétrica para o uso de postes em áreas urbanas e rurais, em uma escala nunca antes vista. Ao todo, a RNP prevê o uso de cerca de 3 mil postes no estado do Rio Grande do Norte, em trechos de longa distância e em áreas metropolitanas, em uma extensão de aproximadamente 600 km.
A parceria com o setor elétrico no estado teve início em 2014, em um termo firmado entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Cosern para a implantação da rede Giga Metrópole, que conecta 350 escolas públicas na região metropolitana de Natal. O primeiro projeto foi encaminhado à Companhia Elétrica do Rio Grande do Norte (Cosern), com a proposta do uso de posteação para a expansão da rede GigaNatal, em troca do uso de dois pares de fibra óptica nessa rede.
O mesmo modelo está em negociação com a Neoenergia, holding que administra concessionárias de energia elétrica no Nordeste, para o uso de postes em troca de direito de uso de fibras ópticas a serem implantadas em toda a área de cobertura da Cosern. O acordo com a Neoenergia deverá abranger não apenas o Rio Grande do Norte, como também Pernambuco e Bahia.
Construção da Infovia Potiguar avança
A construção da Infovia Potiguar é um projeto envolvendo três provedores regionais parceiros: Inovanet, MoB Telecom e Online Telecom. A infovia terá extensão de 475 km e beneficiará dez cidades no interior do estado: Mossoró, Caicó, Currais Novos, Santa Cruz, Açu, Ipanguaçu, Ceará-Mirim, São Gonçalo do Amarante, João Câmara e Pau dos Ferros. Esses municípios terão redes metropolitanas com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
Com a conclusão da rede estadual, diversas instituições de ensino e pesquisa localizadas no interior estarão conectadas em alta velocidade à rede acadêmica nacional: seis campi da UFRN, oito campi do Instituto Federal (IFRN), 11 pontos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) e a Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), além de mais de 200 órgãos governamentais públicos.
O projeto ainda prevê pontos de interseção com estações da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) no Rio Grande do Norte. A Chesf é parceira no Nordeste do projeto da sétima geração da rede Ipê, que elevará a capacidade da rede acadêmica nacional para 100 Gb/s.