A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) firmou um acordo de compartilhamento de infraestrutura de comunicação com a empresa Argo Energia. A parceria permitirá levar internet de alta velocidade a várias instituições de ensino e pesquisa do Norte e Nordeste do Brasil, otimizando a utilização das redes de transmissão da companhia elétrica.
As primeiras rotas a serem iluminadas no Nordeste serão entre Bacabeira, na região metropolitana estendida de São Luiz (MA) a Pecém, na região metropolitana estendida de Fortaleza (CE); e no Norte, conectando as cidades de Porto Velho, Samuel, Ariquemes, Ji-Paraná e Jaru, em Rondônia.
Para a RNP, a parceria com a Argo Energia permite iniciar um projeto de infovia estadual em Rondônia, para conectar instituições de ensino e pesquisa nas cidades desta rota com infraestrutura própria e, consequentemente, expandir a conectividade na região Norte.
No Nordeste, será possível implantar uma rota direta entre Fortaleza e São Luís, de múltiplos canais. Um dos projetos que deverá se beneficiar desta rota é a conexão em alta velocidade do Centro Espacial, em Alcântara (MA), a partir de Fortaleza, terminada com trecho de cabo subfluvial entre São Luís e a base de Alcântara.
O campus Parnaíba do Instituto Federal do Piauí (IFPI) está entre as instituições de ensino que serão beneficiadas. Hoje, a unidade oferece sete cursos de nível técnico, três de nível superior e um mestrado.
Com vários laboratórios de pesquisa nas áreas de computação, elétricas e eletrônicas, solos e química, o IFPI-Parnaíba está implantando um novo curso superior em computação, que demandará maior largura de banda para as aplicações e pesquisas voltadas para essa área.
Segundo o diretor de TI da instituição, Eduilson Neves, a graduação já possui aproximadamente 1,5 mil alunos matriculados. Para o gestor de TI, com a nova conectividade na região, será possível promover maior interação entre os pesquisadores do campus Parnaíba e de outros centros de pesquisa, além da oferta de internet com maior largura de banda para os alunos.
“Poderemos expandir a oferta de sinal Wi-Fi por toda a extensão do campus e, principalmente, gerar economia, pois provavelmente iremos desativar um link privado que é contratado para aumentar a oferta de banda larga no campus”, complementa Eduilson Neves.