A Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) foi convidada para participar da iniciativa global GoFair, que visa promover a ciência aberta e facilitar o compartilhamento de dados científicos. Recentemente, passou a representar a recém-formada rede nacional GoFair.Br.
No GoFair.br, a RNP e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict) coordenam a vertente GoBuild, que visa dar o suporte tecnológico para as demais vertentes do GoFair. Outras instituições brasileiras também coordenam e participam de redes temáticas, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no grupo dedicado à saúde; as universidades federais do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e Fluminense (UFF), no grupo de Enfermagem, a Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa), na rede de agricultura, e a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
A RNP está envolvida com iniciativas de ciência aberta desde a coordenação do Grupo de Trabalho Repositório de Dados de Pesquisa (GT-RDP Brasil), executado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), para implantação de uma infraestrutura de repositório de dados para pesquisa. Também participa da Parceria para Governo Aberto (OGP), que traz uma série de diretrizes governamentais para participação cidadã por meio da ampliação do acesso de tecnologia.
Ciência aberta e os seus princípios básicos
O termo “FAIR” foi usado pela primeira vez em um artigo publicado em 2016 na revista Scientific Data e significa as iniciais dos princípios básicos de gestão de dados científicos: encontrabilidade, acessibilidade, interoperabilidade e reutilização de dados.
Os princípios enfatizam a capacidade de ação da máquina, ou seja, a capacidade dos sistemas computacionais de encontrar, acessar, interoperar e reutilizar dados com nenhuma ou mínima intervenção humana, uma vez que os humanos dependem cada vez mais do suporte computacional para lidar com o volume, a complexidade e velocidade de criação de dados.
Para serem (re) usados, os dados e metadados devem ser fáceis de encontrar, tanto para humanos quanto para computadores. Para isso, metadados precisam ser legíveis por máquina e um recurso pesquisável.
Os dados também precisam ser acessíveis. Depois que o usuário encontra os dados necessários, ele precisa saber como eles podem ser acessados, possivelmente incluindo autenticação e autorização. Por fim, eles precisam ser integrados a outros dados e interoperar com aplicativos ou fluxos de trabalho para análise, armazenamento e processamento.
O objetivo final do FAIR é otimizar a reutilização de dados. Para conseguir isso, metadados e dados devem ser bem descritos para que possam ser replicados e ou combinados em diferentes configurações.
Saiba mais sobre ciência aberta e compartilhamento de dados no site da GoFAIR.