Seminário debate papel dos cabos submarinos para universalização do acesso à internet

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O cientista de redes da RNP, Michael Stanton, participou do seminário ‘As Rotas invisíveis da Internet’, realizado no dia 31/10, na Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro. O objetivo do evento foi discutir o papel estratégico dos cabos submarinos para universalização do acesso à internet e defesa dos direitos humanos. 

O seminário é resultado de dois anos de pesquisas sobre a importância dos cabos submarinos, sua governança e proteção de dados trafegados, realizadas pela ONG francesa Internet Sem Fronteiras (ISF) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), instituições que organizaram o evento. Eles reuniram os diversos setores envolvidos – setor público, sociedade civil, empresas e academia – e conseguiram disseminar o conhecimento coletivo sobre ecossistema econômico da internet, universalização do acesso, soberania digital e vigilância.

Michael participou da mesa ‘Desafios econômicos, geopolíticos e de vigilância’ e contou um pouco da história dos cabos submarinos no mundo, usados inicialmente para o telégrafo, e teve a oportunidade de apresentar a RNP e nosso papel ao usar essa tecnologia em prol da pesquisa, educação e inovação no Brasil. “Além de prestar serviços de internet à comunidade acadêmica nacional desde o início da internet no País, é importante para a RNP participar também na reflexão sobre a contribuição dessa tecnologia para a sociedade. Como ator importante da rede acadêmica global, nossa organização traz uma visão privilegiada das possibilidades de interação via rede”, destacou o cientista de redes. Também estiveram nessa mesa a integrante do Intervozes, Jamila Venturini, e o pesquisador do Internet Sem Fronteiras, Félix Blanc.

O evento contou ainda com uma mesa sobre ‘Os desafios da governança das infraestruturas de Internet no Brasil’, composta pelo Conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), Percival Henriques, o diretor do departamento de banda larga do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Artur Coimbra, e o diretor-executivo da empresa EllaLink (Cabos Brasil Europa S.A), João Pedro Flecha de Lima.

De acordo com a diretora da sede brasileira da ISF, Florence Poznanski, o evento permitiu entender melhor os desafios ligados à implantação de cabos submarinos no Brasil. “Quisemos também frisar que é preciso considerar essas infraestruturas como objetos políticos críticos, que tem uma relação com os direitos humanos. Nesse sentido, entendemos que a RNP, enquanto membro importante do projeto Bella, pode contribuir para fortalecer o compromisso da conectividade com o interesse público, valorizando o acesso ao conhecimento e contribuindo para defesa dos direitos humanos”, analisou a diretora.

Clique aqui para assistir à gravação da mesa ‘Desafios econômicos, geopolíticos e de vigilância’, que contou com a participação de Michael Stanton.

Sobre o projeto Bella

O projeto BELLA (Building the Europe Link with Latin America) atende as necessidades de interconectividade de longo prazo entre as comunidades de pesquisa e educação da Europa e da América Latina através da licitação e contratação do Direito de Uso Irrevogável (IRU) de espectro de um cabo submarino direto entre as duas regiões e da implantação de uma rede de pesquisa e educação com capacidade escalável de múltiplos de 100 Gb/s por toda a América Latina.

O BELLA é implementado por um Consórcio das Redes Regionais de P&E GÉANT (Europa) e RedCLARA (América Latina), e das Redes Nacionais de P&E do Brasil, Chile, Colômbia, Equador, França, Alemanha, Itália, Portugal e Espanha. O BELLA é financiado pela Comissão Europeia (DG-CONNECT, DG-DEVCO e DG-GROWTH) e pelas redes nacionais de P&E da América Latina.

Para mais informações, visite www.bella-programme.eu.