Uma sessão no início da tarde de hoje, 1º/9, durante a programação da TICAL2020, marcou a concretização de uma ideia que há anos é debatida entre representantes das redes acadêmicas da América a Latina: a expansão da Rede Universitária de Telemedicina (RUTE) para o continente latinoamericano. A RNP, a Red Nacional Académica de Tecnología Avanzada (Renata- Colômbia), a Red Nacional de Investigación y Educación Ecuatoriana (Cedia-Equador), a Corporación Universitaria para el Desarrollo de Internet (Cudi-México) e a Red Universitaria Nacional (Reuna-Chile) assinaram um acordo proposto pela RNP e elaborado pela RedCLARA para a criação da Rede Universitária de Telemedicina da América Latina (RUTE-AL).
O objetivo da iniciativa é ampliar e fortalecer a cooperação científica e educacional em saúde na América Latina por meio da implementação de atividades colaborativas que apoiem o desenvolvimento de uma rede regional de telessaúde a partir da experiência da RUTE no Brasil.
“A RUTE, há 14 anos no Brasil, é coordenada e impulsionada pela RNP e o objetivo do acordo é estender as atividades da rede para a América Latina. A verdade é que isso está muito alinhado com a discussão do dia de hoje aqui na TICAL, sobre a importância da saúde e o que fazem as outras redes nacionais para cooperar nesse âmbito. É um acordo de contribuição para relacionar as ações. Estamos muito contentes por fazer esse acordo durante o evento e esperamos que rapidamente essa rede esteja em operação gerando os mesmos benefícios que gera no Brasil”, afirmou o diretor-executivo da RedCLARA, Luis Eliécer Cadenas.
O coordenador nacional da RUTE, Luiz Ary Messina, ressaltou a importância da mudança de perspectiva sobre a telemedicina e a telessaúde, que foi transformada de maneira rápida, principalmente por conta das necessidades frente à pandemia do novo coronavírus e que garante uma maior força e importância para a nova rede colaborativa que se inicia.
“Agora, toda a sociedade percebe os valores da pratica da telemedicina e telessaúde. Alguns anos atrás, era algo muito difícil de falar a respeito com muitos médicos, com autoridades, porque não percebiam o valor. O momento, agora, é outro. Todos têm visto que essas atividades podem ajudar muito, para que os pacientes possam ser assistidos em suas casas, os com doenças crônicas não precisem ir para os hospitais, são facilidades muitos praticas, desde que se tenha alguma conectividade. Com os avanços da Inteligência Artificial, IoT, Big Data, etc, podemos somente esperar que a conectividade será cada vez mais importante. Uma pesquisa mostra que um avanço de 10% na conectividade na América Latina aumentará 3 a 4% o PIB em cada pais. Agora é um pouco mais fácil. As pessoas estão mais habituadas ao uso de webconferencia, mas será um esforço enorme de todas as redes acadêmicas para conseguirmos a compreensão dos governos, da academia, dos gestores e das empresas, para que façamos um caminho com segurança e junto a todos os atores importantes. Teremos o fundamental que são as cabeças pensantes de todas as universidades públicas e privadas. Obrigado, RedCLARA, pela compreensão dessa atividade importante, que não será fácil. Obrigado às redes acadêmicas do México, Chile, Colômbia e Equador por esse momento”, declarou Messina.
Além do coordenador nacional da RUTE, participaram da assinatura do acordo de criação da RUTE-AL Juan Pablo Carvallo (Cedia), Rafael Rodríguez (Renata), Carlos Casasús (Cudi), Paola Arellano (Reuna) e Luis Eliécer Cadenas (RedCLARA).