Solução em IoT pode auxiliar o tratamento de crianças com obesidade

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O número de crianças e adolescentes com obesidade no mundo aumentou em até dez vezes nas últimas décadas, segundo estudo liderado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Até 2025, projeções indicam que esse número pode chegar a 75 milhões de pessoas. A taxa tende a crescer nos países de baixa e média renda, o que alerta para a necessidade de políticas orientadas à alimentação e práticas esportivas adequadas.

Tendo isso em vista, uma solução desenvolvida no Brasil com foco em Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) propõe uma forma mais inteligente para o monitoramento de crianças com obesidade. O projeto Internet of Things Aplicada à Pediatria (IoTAPED) desenvolve uma plataforma para o monitoramento de pacientes, tanto de forma remota quanto em unidades de saúde.

O objetivo é fornecer aos profissionais conhecimentos técnicos e estratégicos para a tomada de decisão inteligente, baseada em evidências de tratamentos e políticas de saúde realizadas e conduzidas em tempo real.

Segundo a arquitetura proposta, os dados de pacientes serão coletados por sensores e enviados para a plataforma IoTAPED por um aplicativo seguro. Esses dados podem contribuir para a identificação precoce de fatores de riscos relacionados à obesidade, gerando alertas que podem ser analisados pelas equipes de saúde para a tomada de decisão.

A iniciativa recebe o apoio de parceiros europeus e considera os resultados gerados por outro projeto, Solução Inteligente de Tratamento da Obesidade Infantil por meio do Potencial da Internet das Coisas (em inglês, OCARIoT), selecionado no contexto da 4ª Chamada Coordenada Brasil-União Europeia em Tecnologias da Informação e Comunicação, lançada pela RNP.

Um levantamento liderado pelo governo brasileiro, o Plano Nacional de Internet das Coisas, indica que até 2025, IoT terá um impacto econômico maior do que robótica avançada, cloud computing e até mesmo internet móvel. O impacto esperado é de US$ 50 a 200 bilhões por ano, o que representa cerca de 10% do PIB no país.

Ainda de acordo com o Plano, dispositivos em IoT voltados à saúde podem reduzir em até 30% a incidência de crises graves geradas por doenças crônicas, custos de manutenção de equipamentos médicos, além de melhorias na promoção da saúde da população e na prevenção de epidemias.

Segundo o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação e Comunicação (CTIC), que coordena o projeto no Brasil, a expectativa é de que o IoTAPED amplie a solução para atender pacientes de planos de saúde. A solução poderá ainda ser adaptada para outros mercados com potencial de exploração em IoT, como a agricultura e a indústria.

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