Uma demonstração liderada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) quebrou mais um recorde de transferência de dados entre os Estados Unidos e a América Latina, chegando a taxas de 97 Gb/s, durante a conferência anual do Supercomputing, realizada este ano em Salt Lake City, entre os dias 13 e 18/11.
Para realizar a demonstração, foram instalados dois servidores em São Paulo, um no Núcleo de Computação Científica da Unesp e outro na rede acadêmica de São Paulo (ANSP), e um no Ponto de Tráfego Acadêmico em Miami (Ampath), coordenado pela Florida International University (FIU). O experimento foi viabilizado pelas novas conexões de 200 Gb/s entre São Paulo e Miami, ativadas em julho deste ano e mantidas pelo consórcio AmLight, que gerencia as conexões entre os Estados Unidos e a América Latina para fins de ensino e pesquisa.
O Núcleo de Computação Científica da Unesp, através do Centro de Análise e Pesquisa de São Paulo (Sprace), é uma das grids computacionais que contribui para o projeto CMS (Compact Muon Solenoid), que analisa o caminho das partículas produzidas pelas colisões no maior acelerador de partículas do mundo, o LHC, da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern). Esse projeto foi essencial para a Astronomia, com a descoberta da partícula subatômica Bóson de Higgs e da composição da matéria escura.
A infraestrutura de rede de alto desempenho montada para o Supecomputing, chamada de SCInet, foi possível graças ao empenho de mais de 200 voluntários de 18 países.
Foto: Supercomputing 16
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