TIC: solução econômica para os problemas de saúde

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Na sessão plenária do III Fórum RNP, que aconteceu na manhã desta terça-feira, dia 2/9, as Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) foram apresentadas como soluções econômicas de ampliação do atendimento em saúde à população.

Para o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Najeeb Al-Shorbaji, “o valor da e-Saúde é atingir a equidade no acesso aos serviços de assistência à saúde. Milhões de pessoas morrem porque não tem ideia do motivo de sua doença”.

Ele acredita que a “e-Saúde pode reduzir os custos do sistema de saúde”. Para isso, um dos pontos chave seria focar na padronização e na interoperabilidade das ferramentas e aplicações de eHelth.

O diretor de Programa do Ministério da Saúde (MS) e médico da família, Giliate Cardoso Cordeiro Neto, afirmou que “a pasta vem realizando um forte investimento em TI, um dos componentes fundamentais para a área de saúde sair da situação de fragmentação em que se encontra. O paciente se consulta em vários postos, sem nenhuma correlação de diagnósticos. A população idosa é a que mais sofre, pois tem que ir a inúmeros especialistas e o maior prejudicado é o paciente. Então, a TI tem papel fundamental”.

Ele também defendeu a integração de sistemas. “Queremos aumentar o investimento em telessaúde e telemedicina. Precisamos integrar os sistemas de telessaúde com o prontuário eletrônico e o sistema de encaminhamentos”, afirmou. E garantiu que “para o MS, é fundamental investir em TIC para reduzir significativamente seus custos”.

A RNP

Ainda na sessão plenária, o diretor de Serviços e Soluções da RNP, José Luiz Ribeiro Filho, apresentou as iniciativas em curso da organização, como a inauguração dos novos núcleos da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), os cinco novos cursos da Escola Superior de Redes (ESR) e o projeto Veredas Novas, que está promovendo a interiorização da rede acadêmica, a rede Ipê.

“Entrou ontem em operação o novo site público da RNP, esforço grande de aumentar a visibilidade do nosso trabalho e agradecemos as contribuições de vocês pra o desenvolvimento da ferramenta”, disse José Luiz.

Ele também destacou a entrada em operação assistida de dois Centros de Dados Compartilhados (CDCs), implantados no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e no Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), que compõem a nuvem acadêmica brasileira desenvolvida pela RNP.

Com relação ao Fórum RNP, trouxe os números da terceira edição do evento. “Este ano, recebemos mais de 460 inscrições, com 23 patrocinadores, mais de 50 palestrantes, duas sessões paralelas em oito domínios, com exposições, palestras e sessões técnicas. No Fórum 2015, vamos falar de mobilidade”, anunciou José Luiz, que reforçou a importância de os participantes avaliarem o evento, para que este seja aprimorado nos anos seguintes.