O volume de tráfego em IPv6 está oito vezes maior na rede acadêmica depois que 103 instituições, entre elas universidades, institutos federais e centros de pesquisa, tiveram suas redes de acesso configuradas para suportar o protocolo. A ação foi resultado de um projeto da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para alocação de IPv6, que, além de disponibilizar o protocolo na espinha dorsal da rede acadêmica nacional, também se predispôs a configurar as redes de acesso das instituições usuárias. Dessa forma, cabe ao administrador da rede local apenas configurar a rede interna do campus de sua instituição, o que facilita o processo de implementação do protocolo.
Ao todo, o tráfego em IPv6 passou a estar disponível até a borda, ou seja, até o limite de gerência da rede acadêmica, em 546 campi dessas 103 instituições, em 24 estados brasileiros, com exceção do Amapá, Ceará e do Distrito Federal. Como resultado, o volume de tráfego em IPv6 se multiplicou em oito vezes entre maio e novembro de 2016.
Como a transição entre o IPv4 e o IPv6 precisa ser de forma gradual, e uma mesma instituição precisa trabalhar simultaneamente com os dois protocolos, a RNP desenvolveu um documento de recomendações para o uso da técnica de tradução a partir do NAT 64, que tem como função transformar os endereços IPv6 em IPv4 e vice-versa.
O projeto de alocação de IPv6 em instituições acadêmicas foi motivado pelo esgotamento de endereços em IPv4 e pelo Plano de Disseminação do Uso IPv6, lançado pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), que auxilia órgãos públicos na transição entre os dois protocolos e recomenda a adoção do IPv6 até setembro de 2018.
As universidades e institutos federais interessados em implementar IPv6 devem procurar os contatos técnicos de suas instituições ou o Ponto de Presença da RNP no seu estado. Podem ainda enviar um e-mail para registro@rnp.br.
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