Os primeiros diplomas universitários digitais do Brasil, desenvolvidos com tecnologia de registro e autenticação distribuída, baseada em blockchain e certificados digitais, foram entregues nesta quinta-feira (21/2), em solenidade realizada no campus de Mangabeira, aos concluintes dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia da Computação do Centro de Informática (CI), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
O evento de entrega contou com a participação da pró-reitora de graduação da UFPB, Ariane Sá; do diretor da unidade acadêmica, Hamilton Soares; do coordenador do Lavid, professor Guido Lemos, além de outros colaboradores do projeto, docentes e servidores do Centro de Informática.
A solução foi desenvolvida por meio do projeto GT-RAP, Serviço de Registro, Autenticação e Preservação Digital de Documentos, financiado pela RNP, e coordenado pelos docentes e pesquisadores Guido Lemos e Rostand Costa, do Núcleo de Pesquisa e Extensão Lavid, com a colaboração do professor e pesquisador Daniel Faustino, da Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA) do Rio Grande do Norte, e de uma equipe de desenvolvedores da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio) e do o Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS Rio).
A emissão desses documentos virtuais vai ao encontro de uma demanda crescente nos meios universitários por mais segurança na expedição de diplomas e outros comprovantes que certificam a formação em nível superior. Diante do crescente registro de casos de falsificação de diplomas, em delegacias de polícia, em várias regiões do país, o próprio Ministério da Educação (MEC) instituiu, em 2018, o diploma em formato digital, tecnologia que a UFPB passa a utilizar, de forma pioneira.
“A fraude de diplomas é muito fácil de fazer. A ideia é, em vez de trabalhar com diplomas dna versão papel, ter uma representação digital dele, que é assinada com chaves criptográficas e registrada em um livro de registros. Esse livro, em vez de ficar dentro da UFPB ou de cartórios, é digital e fica espalhado no mundo todo. Começamos há dois anos, investigando essas tecnologias para dificultar fraudes. Hoje, finalmente, conseguimos registrar os primeiros diplomas em blockchain, até onde sabemos, do Brasil”, afirma um dos coordenadores do Núcleo de Pesquisa e Extensão Lavid, professor Guido Lemos.