Seminário celebra dez anos do Programa Telessaúde Brasil Redes
Nesta terça-feira (14/11), o Ministério da Saúde celebrou os dez anos do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, em seminário realizado no Centro de Eventos da Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAUFRGS), em Gramado (RS). A iniciativa, que contou com a parceria da RNP, foi criada em 2007 para melhorar a qualidade do atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) pelo uso das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC).
Na abertura, o diretor-geral da RNP, Nelson Simões, destacou os benefícios que as aplicações de TIC para a saúde aportam à sociedade. “Nunca imaginamos na RNP que estávamos nos associando ao Ministério da Saúde para a construção de algo tão valioso. Continuamos aprendendo como podemos melhorar as Tecnologias de Informação e Comunicação para benefício da saúde”, declarou Nelson Simões, que também ressaltou as conquistas da Rede Universitária de Telemedicina (Rute). Desde a sua criação, a Rute contabiliza 610 sessões de Grupos de Interesse Especial (SIGs), mais de 13 mil presenças registradas e um custo evitado de R$ 22 milhões.
A diretora do Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES), Cláudia Brandão, informou que, de 2008 a setembro de 2017, o Programa Telessaúde Brasil Redes já realizou mais de 600 mil teleconsultorias, 4 milhões de laudos de telediagnósticos, 3 milhões de participação em atividades de tele-educação e cerca de 1 mil publicações em segunda opinião formativa. “Temos apostado na integração desses núcleos e o quão potentes as iniciativas podem ser quando fazemos a conformação em rede”, afirmou Cláudia.
Já a coordenadora do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes, Marília Tolentino, anunciou as estratégias do Ministério da Saúde para ampliar a oferta das atividades de tele-educação e o foco em teleconsultoria aliada à telerregulação. Atualmente, o Programa realiza projetos piloto em dois núcleos, Acre e Bahia, para expandir a Oferta Nacional de Telediagnóstico, que hoje emite laudos em oftalmologia e cardiologia e, a partir de 2018, passará a incluir dermatologia e pneumologia. Desde setembro de 2017, 913 eletrocardiogramas já foram realizados no Acre e, em uma semana, 60 na Bahia. Segundo a gestora do Programa, depois desses estados, a iniciativa será levada ao Mato Grosso e Pará.
Para Nelson Simões, o Programa Telessaúde Brasil Redes, a Rute e a Universidade Aberta do SUS (Una-sus) influenciam a cooperação internacional e a inclusão de políticas públicas em saúde nos estados. Como exemplo, ele citou a colaboração com os países que compõem os Brics e a comunidade de países de língua portuguesa. No caso de Moçambique, a RNP apoiou a implantação da rede acadêmica MoRENet, que conecta 16 universidades no país e pretende implantar o modelo de telessaúde adotado no Brasil. Nelson também citou a criação da Rede Global de Ensino, Pesquisa e Extensão em Nutrição, Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (NutriSSAN), rede de colaboração constituída a partir do modelo de governança da Rute.