RNP publica nova política de alocação de endereçamento IP
Diante da notícia publicada pelo LACNIC e pelo NIC.br, de que as reservas de endereços IPv4 haviam chegado ao fim na América Latina e Caribe, a RNP decidiu alterar mais uma vez sua política de alocação de blocos IPv4. A partir de setembro, serão alocados, na rede acadêmica, blocos para novas organizações usuárias de, no máximo, /26 (64 hosts endereçáveis), mediante justificativa, respeitando o período de seis meses desde a última alocação.
A RNP conta ainda com uma reserva capaz de atender a um número limitado de pedidos e reforça a necessidade de que as organizações implementem a transição para o IPv6. Assim, para toda alocação de blocos IPv4, são alocados blocos IPv6, um /48 por pedido.
Segundo o NIC.br, o estoque de IPv4 se esgotou para a região da América Latina e o Caribe, ou seja, a fase da política de alocação controlada, que garantia uma pequena quantidade de endereços, somente aos novos entrantes, se encerrou em agosto. Nesta última fase, iniciada em fevereiro de 2017, foram atribuídos mais de 5,6 milhões de endereços IPv4.
A partir de agora, para as organizações que venham a solicitar justificadamente a necessidade de endereços IPv4, e que ainda não contaram com alocação desse recurso, será dada a opção de permanecer em uma fila de pedidos aprovados. Ainda de acordo com o NIC.Br, isso significa que um pedido será eventualmente atendido se houver liberação de endereços, por processos de recuperação e devolução de alguma organização.
Incentivo para a implementação do IPv6
Para orientar as instituições de ensino e pesquisa nesse contexto de transição, a RNP disponibilizou um documento de recomendações com técnicas de tradução a partir da plataforma NAT 64, que tem como função transformar os endereços IPv6 em IPv4 e vice-versa.