DISI'22, evento de cibersegurança da RNP, aconteceu na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia com o tema "Meu smartphone, minha vida"
Não é novidade que os smartphones já fazem parte de praticamente todas as áreas da vida do ser humano nesta era digital. Eles são amplamente utilizados em inúmeras atividades: para acessar redes sociais, internet banking, sistemas de saúde, sistemas educacionais, e-commerce, aplicativos de mensagens, dentre outros.
No último sábado, no dia 3 de dezembro, aconteceu o Dia Internacional da Segurança em Informática, o DISI, na Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), com o tema “Meu smartphone, minha vida”. O evento teve como objetivo educar a população sobre as melhores práticas de uso dos celulares.
Com apresentação do Yuri Alexandro, Encarregado de Tratamento de Dados Pessoais da RNP, o evento contou com profissionais conceituados no mercado: Céu Serikawa Balzano, Awareness Team Leader do Nubank & Co-founder da CULTSEC; Gustavo Marques, especialista em Segurança da Informação do EBANX & Host do TecSec Podcast; e Eva Pereira, Diretora de Cultura em Cibersegurança, Gente & Responsabilidade Social da IBLISS Digital Security e Vice Lider & Team Coach da Womcy.
Durante o evento, temas como o uso excessivo do celular por criança e adolescentes, o que fazer após a perda ou furto de um smartphone, configurações de aplicativos que aumentam a segurança da informação, golpes online, dentre outros, foram abordados com dicas e direcionamentos para os espectadores.
Cibercriminosos utilizam o tempo todo um conceito chamado de “engenharia social”. Esse tipo de golpe é uma técnica usada com o fim de induzir os usuários a enviarem dados confidenciais ou abrirem links que acometam seus dispositivos com malware. De acordo com os especialistas, conscientizar a população a ficar atenta a esse tipo de manipulação é um dos maiores desafios dos profissionais da segurança da informação.
“Por que a gente cai em golpe? O criminoso consegue explorar nossos sentimentos. Existem alguns sentimentos que fazem a gente cair em golpes. O primeiro é a ansiedade de não perder nada. A gente precisa nos educar para consumir aquilo que a gente realmente precisa, ou estaremos sempre suscetíveis a cair em armadilhas. Outro fator é o medo. O medo faz com que a gente erre”, disse Eva Pereira.
Das redes sociais, como o "Tiktok", até os jogos rpg online, a “geração z” é a geração dos chamados “nativos digitais”. É verdade que grande parte das crianças e adolescentes já não quer passar mais de um segundo longe dos smartphones. No entanto, é importante que pais entendam que dar total liberdade para seus filhos não é uma boa prática. Sobre controle parental e o uso de celulares por crianças e adolescentes, Céu Balzano deixou um recado.
“Existem aplicativos de controle parental disponíveis para todo tipo de celular. Neles, pais podem definir que horas seus filhos vão dormir, quantas horas eles podem ter de uso do smartphone e quais aplicativos eles podem usar, por exemplo, além disso eles podem estabelecer configurações que exigem permissão para baixar um aplicativo e ver quanto tempo o seu filho passou em um aplicativo específico. São muitos os recursos e cabe ao responsável usar essas informações para conscientizar a criança, em vez de usá-las de uma forma punitiva”, incentivou.
Seja nas mãos de adolescentes, adultos ou idosos, um celular é um depósito de informações importantes. E com tantos dados e funções, perder um smartphone é uma grande dor de cabeça. Por isso, o evento contou ainda com direcionamentos para esse tipo de situação.
“A primeira coisa que deve ser feita ao perder um celular é acessar um aplicativo de geolocalização. A maioria dos fabricantes de telefone tem esse aplicativo nativo no celular. Fui roubado ou perdi o celular? Entro no site, verifico onde ele está e posso enviar um comando de formatação desse dispositivo. Assim, evito o risco de um criminoso acessar e capturar informações sensíveis sobre mim. Outra dica é bloquear a linha telefônica e o IMEI do celular”, disse Gustavo ao finalizar o evento.
De forma lúdica e próxima do dia a dia dos espectadores, o DISI’22 contou com diversas outras dicas para evitar incidentes de segurança da informação a partir do uso de smartphones.
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