Conheça as conexões internacionais da rede acadêmica

- 10/07/2014

Aumentar a capacidade de suas redes está na lista de prioridades em 2014 da Americas Lightpaths (AmLight) e da Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (RedCLARA), estruturas de internet avançada que interligam a rede Ipê e diversas redes acadêmicas na América Latina, Estados Unidos e Europa. No caso da AmLight, a meta é ativar um enlace experimental de 100 Gb/s entre Miami e São Paulo, o primeiro circuito com essa capacidade entre o Brasil e o exterior. Já a RedClara prevê para este ano uma mudança do enlace para a Europa, que terá a sua capacidade aumentada de 2,5 para 5 Gb/s.

Principal ligação entre o Brasil e as redes acadêmicas norte-americanas, a AmLight é formada pela parceria entre RNP, ANSP (Academic Network at São Paulo), REUNA, do Chile, a Florida International University, que fica em Miami, e a National Science Foundation. Ela liga a rede Ipê às redes americanas Internet2, National LambdaRail (NLR), ESnet e CANARIE e também está conectada à RedCLARA, através de links em São Paulo, Miami e Tijuana, no México. Já a RedCLARA reúne 13 redes acadêmicas da América Latina e as conecta com a Europa, para a colaboração de pesquisadores entre os dois continentes.

O papel da RNP é fundamental na administração dos enlaces entre essas redes parceiras, através do Núcleo de Engenharia (NEG), responsável por todo o desenvolvimento da rede, desde a sua implantação até a correção de problemas de alta complexidade e implementação de novas tecnologias. “Nosso papel é apoiar essas redes para que possam prover serviços de excelência aos seus usuários, que podem ser de conectividade ou aplicações, como medições, por exemplo”, explica o coordenador do NEG da AmLight, Jeronimo Bezerra, cuja função é administrar e operar da melhor maneira possível os recursos tecnológicos envolvidos no projeto, envolver-se nas instalações e operações dos links, fazer a interface entre os times de engenharia e configurar serviços avançados.

Entenda como funciona um Núcleo de Engenharia

  • O contato praticamente diário com os coordenadores das NRENs, via telefone, e-mail, Skype ou videoconferência, faz parte da rotina dos dois coordenadores dos NEGs, a fim de acompanhar o andamento de atividades, tratar os problemas de alto nível de complexidade, planejar as mudanças e discutir o futuro da rede.
  • Todos os projetos de rede são elaborados pelo NEG, que aponta o melhor caminho técnico a ser seguido e as opções possíveis, avaliando riscos e custos. Também cabe ao NEG dimensionar, aprovar e licitar qualquer equipamento a ser comprado e montar um documento com o planejamento da mudança, para que a instalação seja executada.
  • Por questões de sustentabilidade e logística, as tarefas de operação física e local são mantidas pelos participantes que hospedam os equipamentos. Por exemplo, em Miami, a responsabilidade é da AmLight. Em São Paulo, é a vez da ANSP e da RNP.
  • Quando existe uma janela, é o coordenador do NEG que organiza os times locais e trabalha na execução das configurações que envolvem os equipamentos. Todos os envolvidos recebem um documento com todas as informações da mudança, para acompanhar cada passo que está sendo executado e por quem.
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