RNP participa de força-tarefa para combate ao ransomware em Brasília
Nos dias 23 e 24 de setembro, a RNP participou da Conferência Brazil Ransomware Task Force (RTF), realizada no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O evento, organizado pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) em parceria com a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Institute for Security and Technology (IST), reuniu especialistas em cibersegurança de diversos setores para desenvolver estratégias contra ameaças de ransomware.
A conferência faz parte de um esforço conjunto entre indústria, governo, forças armadas, comunidade acadêmica e sociedade civil, para combater o crescente problema do ransomware - um tipo de ataque cibernético que tem afetado significativamente a segurança nacional e o bem-estar socioeconômico de países em todo o mundo. O Brasil, sendo um dos países mais visados por esse tipo de crime, foi escolhido para ter esta força-tarefa específica, também devido ao seu papel em cibersegurança na América Latina.
A RNP enviou uma delegação especializada para o evento, incluindo Michelle Wangham, gerente de P&D em cibersegurança, e Emilio Nakamura, diretor adjunto de cibersegurança. Nakamura coordenou, junto com Percival Henriques do CGI.br, o grupo de trabalho focado na resposta a incidentes, demonstrando o papel de liderança da RNP neste campo crítico. Além disso, os colaboradores Leonardo Silva, Rayanne Santanna e Tiago Barbosa da RNP atuaram como anotadores das discussões nos grupos de trabalho.
Michelle Wangham destacou sua participação no Grupo de Trabalho 2, focado em ‘romper o modelo de negócios do ransomware’. Ela enfatizou a importância das discussões estratégicas sobre o desmantelamento de sistemas de pagamento, interrupção da infraestrutura de ataques e combate aos agentes de ransomware através de táticas de inteligência e medidas regulatórias.
“É uma honra participar do Programa RTF Brasil. As sessões plenárias foram enriquecedoras, proporcionando uma visão abrangente das ações colaborativas em desenvolvimento para enfrentar esse grande desafio”, afirma.
Já Emilio Nakamura destacou a relevância do RTF na produção de resultados concretos para enfrentar um crime que tem crescido e afetado toda a sociedade globalmente. Ele mencionou duas recomendações-chave e emergentes durante as discussões.
“Uma das recomendações é a estruturação de uma rede de suporte às vítimas, com atuação setorial e com coordenação nacional, com papeis nos níveis federais, estaduais e municipais. Outra é aumentar a qualidade e o volume de informações sobre os incidentes de ransomware, com fortalecimento dos times de resposta a incidentes e o desenvolvimento de funções em um hub que facilitam a disseminação e a comunicação segura entre diferentes níveis”, ressalta.
A força-tarefa é estruturada em quatro grupos de trabalho, cada um focado em aspectos cruciais do combate ao ransomware: deter os ataques, interromper o modelo de negócio, preparar organizações para possíveis ataques e melhorar a resposta a incidentes. Esta abordagem multifacetada reflete a complexidade do desafio e a necessidade de uma resposta inteligente, coordenada e abrangente.
A participação da RNP nesta força-tarefa reafirma seu compromisso com a inovação e a segurança no uso de redes avançadas e fortalece sua missão de promover o uso inovador de TICs, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico, social e econômico do Brasil.
Os trabalhos da força-tarefa não se encerram com o fim da conferência. Os grupos de trabalho continuarão suas atividades, provendo os subsídios necessários para a publicação de um relatório final previsto para o fim do ano de 2024. Este documento será um recurso valioso para governos, organizações e profissionais de segurança cibernética no Brasil, oferecendo estratégias práticas e recomendações para combater a ameaça global do ransomware.