Acordo amplia a capacidade de redes ópticas no estado do Rio de Janeiro
A RNP firmou uma nova parceria para promover a ampliação de sua infraestrutura óptica no estado do Rio de Janeiro. O acordo de cooperação técnica com o provedor K2 Telecom vai permitir maior capacidade de transmissão de dados entre as cidades do Rio de Janeiro, Niterói e Petrópolis. A cerimônia de assinatura ocorreu nesta terça-feira, 29/1, no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), no Rio.
O principal benefício será a ampliação da velocidade de conexão em até dez vezes das instituições de ensino e pesquisa dessas localidades, conectadas hoje à rede acadêmica nacional, inicialmente para 10 Gb/s e posteriormente, para 100 Gb/s, já nos próximos dois anos.
Pelo acordo de cooperação técnica, a RNP cede o direito de uso à K2 Telecom de um par de fibra óptica na rede metropolitana do Rio de Janeiro (Redecomep Rio). Em contrapartida, o provedor cede à RNP um par de fibra óptica em sua infraestrutura de rede de longa distância até Petrópolis, em um trecho de aproximadamente 100 km.
Segundo o diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi, o acordo de permuta de fibra óptica nessas cidades irá permitir a maior troca de informações, o desenvolvimento de pesquisas científicas e a integração entre universidades e unidades de pesquisa. “A conexão entre o Rio e Petrópolis completa a rota Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro em fibra óptica, de nossa parceria com Furnas, o que irá permitir a implantação em curto prazo e o atendimento em 100 Gb/s a importantes instituições de pesquisa”, afirmou.
Localizado em Petrópolis, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) será uma das unidades de pesquisa beneficiadas. Ele abriga o supercomputador Santos Dumont, o maior centro de computação disponível para o uso da comunidade científica no país.
Segundo o diretor do LNCC, Augusto Gadelha, o uso dessa capacidade computacional de alto desempenho em mais de 100 projetos de P&D, envolvendo pesquisadores de 12 estados nas mais diversas áreas do conhecimento, somente é possível com a conexão do LNCC e das instituições pesquisa à rede de altíssima velocidade da RNP.
“A necessidade dessa rede se fará cada vez maior à medida que o Santos Dumont for expandido e novos projetos de larga escala necessitarem de altíssima velocidade de processamento, tais como os previstos com o início do uso do acelerador Sirius, de luz sincrotron, instalado no CNPEM”, afirmou Gadelha.
Atualmente, a RNP provê acesso ao LNCC para a comunidade científica a nível nacional. Desde 2017, conecta ao LNCC os usuários do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), por meio do serviço Padex, que permite um alto grau de interatividade no acesso ao supercomputador Santos Dumont. “A nova conectividade ao LNCC permitirá estender o serviço Padex para maior número de usuários, estendendo o leque de tipos de processamento possíveis no LNCC”, declarou o cientista de redes Michael Stanton, à frente do projeto.
Além do LNCC, a parceria trará benefícios a outras instituições conectadas às redes metropolitanas do Rio, Niterói e Petrópolis, como o CBPF, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal Fluminense (UFF).