BNDES divulga projetos pré-selecionados para chamada de IoT
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou o resultado da primeira etapa da chamada para seleção de projetos-piloto de Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês), lançada em junho do ano passado.
A seleção teve como foco apoiar soluções executadas por instituições tecnológicas públicas ou privadas sem fins lucrativos dentro do foco de cada um dos seguintes ambientes: cidades inteligentes, ambiente rural e saúde.
Com um orçamento aprovado de R$ 30 milhões, foram pré-selecionados 15 projetos-piloto de 11 instituições nesta etapa de enquadramento. Logo em seguida, as propostas ainda passam por outra etapa de avaliação detalhada pela equipe de operações do BNDES.
O projeto Internet of Things Aplicada à Pediatria (IoTAPED), para o monitoramento de crianças com obesidade, tanto remotamente quanto em unidades de saúde, foi submetido pela RNP, através do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação e Comunicação (CTIC), e é uma das propostas aprovadas para a próxima etapa.
Segundo o coordenador do CTIC, Wandersom Paim, a iniciativa considera os resultados gerados por outro projeto, Solução Inteligente de Tratamento da Obesidade Infantil por meio do Potencial da Internet das Coisas (em inglês, OCARIoT), selecionado no contexto da 4ª Chamada Coordenada Brasil-União Europeia em Tecnologias da Informação e Comunicação.
“O IoTAPED amplia a solução para atender pacientes de planos de saúde, fornecendo a gestores e profissionais de saúde conhecimentos técnicos e estratégicos para a tomada de decisão inteligente, baseada em evidências de tratamentos e políticas de saúde realizadas e conduzidas em tempo real”, explica Wanderson Paim.
O projeto pré-selecionado é realizado em parceria com a Universidade de Fortaleza (Unifor), Instituto Atlântico, Universidade Estadual do Ceará (UECE), Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), WDA Tecnologia, o Núcleo de Tecnologias Estratégicas em Saúde da Universidade Estadual da Paraíba (Nutes/UEPB) e a Unimed.
Sobre o BNDES Pilotos IoT
O BNDES Pilotos IoT é um desdobramento do estudo “Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil”, apoiado pelo BNDES em parceria com Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e conduzido pelo consórcio McKinsey/Fundação CPqD/Pereira Neto Macedo Advogados.
Seu objetivo é a seleção de projetos-piloto de testes de soluções tecnológicas de Internet das Coisas (IoT) para apoio com recursos não reembolsáveis nos três ambientes priorizados: Cidades, Saúde e Rural. A participação do BNDES com recursos não reembolsáveis poderá chegar a 50% dos itens financiáveis. O valor mínimo do apoio do Banco a cada plano de projetos-piloto será de R$ 1 milhão.
Segundo o banco de fomento, as propostas selecionadas contemplam todas as regiões do país e propõem soluções baseadas em IoT ligadas a temas como eficiência de redes de iluminação e uso de imagens e dados em tempo real na segurança pública; otimização de semáforos; aumento da produtividade rural por meio da gestão de pragas e previsão do microclima; otimização da gestão de maquinário no campo; monitoramento da saúde e bem estar animal por meio de sensores; automação da gestão hospitalar e monitoramento remoto de pacientes com hipertensão, obesidade, câncer e distúrbios do sono, além do diagnóstico à distância de retinopatia diabética.
Ainda de acordo com o BNDES, na área da saúde, foram selecionados projetos nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, com objetivos variados, desde o monitoramento de pacientes hipertensos, com obesidade infantil e câncer, e também para monitoramento de ativos, como cilindros de oxigênio.
Sobre a Cooperação BR-UE em TIC
Os projetos executados em cooperação entre instituições brasileiras e europeias no âmbito das Chamadas Coordenadas são frutos de recursos da Lei de Informática, gerenciados pela Secretaria de Política Digitais (Sepod) do Ministério de Ciência, Tecnologia, Informações e Comunicações (MCTIC). A RNP faz uso desses recursos, por meio dos Programas e Projetos Prioritários em TI (PPI), para coordenar os projetos e promover a cooperação de forma harmônica, buscando suportar o desenvolvimento e potencializar os resultados das pesquisas.
Fonte: BNDES, com informações da RNP.
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