Comissão de Acompanhamento e Avaliação considera resultados da RNP no ciclo 2011-2020 excelentes
Nos dias 6 e 7/7, a Comissão de Acompanhamento e Avaliação (CAA) do Contrato de Gestão, designada pelo MCTI e composta por especialistas de notória capacidade na área de atuação da RNP e representantes de outros órgãos e entidades identificados com o ambiente de Ciência, Tecnologia e Inovação, se reuniu virtualmente para analisar o desempenho da RNP no ciclo 2011-2020. O resultado, apresentado pela CAA para a Diretoria Executiva em 9/7, atesta a excelência da atuação da organização na década e recomenda enfaticamente ao órgão supervisor a renovação do Contrato para um novo ciclo, além de registrar preocupação em razão da diminuição dos investimentos aportados nos últimos anos.
“A RNP é um patrimônio do País que é determinante e estruturante para o desenvolvimento da Internet no Brasil há mais de 25 anos. Provê suporte indispensável às IFES, IFs, e Institutos de Pesquisa, dentre outros, e mantém programas e investimentos de grande impacto para manter atividades de ponta no País. O risco de perda desses investimentos traria prejuízos incalculáveis a toda sociedade brasileira, dado o impacto econômico das atividades que dependem do conhecimento científico avançado, de alta tecnologia e de formação de competências para o seu desenvolvimento. Adicionalmente, ao fragilizar o Sistema RNP, se reduz diretamente a qualidade do gasto público em tecnologia de informação e comunicação aplicada à educação, pesquisa e inovação. Registra-se que nos últimos anos os recursos aportados para o desenvolvimento das atividades da RNP têm diminuído progressivamente, abaixo do limite mínimo indispensável para a manutenção da infraestrutura implantada e dos serviços e soluções oferecidos, e na contramão do crescimento das demandas, dos benefícios por ela gerados e das expectativas desta Comissão, com risco de comprometimento irreversível da missão da OS. É fundamental o aporte de recursos no desenvolvimento de tecnologias avançadas de redes, em grandeza compatível com os investimentos que vêm sendo realizados por outros países e regiões, como América do Norte, Europa e China, sob o risco de grave perda de competitividade do Brasil”, conclui a Comissão em seu relatório.
O documento também sumariza os pontos nos quais a RNP alcançou resultados de excelência:
- Uso inovador de tecnologias digitais na educação, pesquisa, saúde, cultura e defesa;
- Difusão do conhecimento mediante o estímulo a redes de colaboração entre instituições de pesquisa;
- Aprimoramento de recursos humanos em gestão de redes no território nacional;
- Acesso remoto às infraestruturas de pesquisa nacionais e internacionais;
- Suporte à inserção da pesquisa nos fluxos globais de conhecimento científico e tecnológico;
- Criação de produtos, serviços e empresas spin-off a partir de programas de P,D&I;
- Contribuição à formação de recursos humanos especializados em TIC;
- Modernização de serviços digitais para educação e pesquisa;
- Promoção da cultura de redes de colaboração em domínios de conhecimento e aplicações;
- Apoio ao desenvolvimento da Internet no país, em termos de mercado e marco legal e normativo; e
- Resultados sociais e econômicos a partir de modelos e arranjos público-privados.
Sob o prisma da organização, o relatório de avaliação ratifica e valoriza o trabalho que vem sendo desempenhado e que gera impactos profundos não só para as comunidades da educação, pesquisa e inovação, mas para toda sociedade brasileira de modo mais amplo.
“As conclusões foram muito positivas. Temos avaliações todo semestre e desta vez foi uma reunião exclusiva para avaliação dos dez anos de contrato e foi muito boa. Além do quantitativo, o relatório traz muitas avaliações positivas, que fazem jus e nos recompensam por nosso esforço. É importante que todos da RNP leiam e vejam como o trabalho de cada um de nós tem contribuído para o país. O documento também elenca uma série de desafios, que até conhecemos e já temos discutido e trabalhado. O resultado nos enche de orgulho e é um relatório feito por um órgão externo”, destaca o diretor-geral da RNP, Nelson Simões.